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Após pressão, deputados pedem desculpa por voto favorável a PEC da Blindagem

Parlamentares de direita e de esquerda se manifestaram depois da repercussão negativa da votação

  • Foto do(a) author(a) Monique Lobo
  • Monique Lobo

Publicado em 20 de setembro de 2025 às 17:29

 Merlong Solano, Pedro Campos, Thiago Joaldo e Silvye Alves
Merlong Solano, Pedro Campos, Thiago Joaldo e Silvye Alves Crédito: Reprodução

A pressão social contrária a PEC da Blindagem fez deputados federais de direita e de esquerda pediram desculpas pelo voto em favor do texto, aprovado pela Câmara em dois turnos na de terça-feira (16).

'Grave equívoco'

O petista Merlong Solano (PT-PI) foi um dos primeiros a se manifestar em arrependimento. Em uma nota de retratação pública, divulgada em suas redes sociais, ele alegou que seu voto foi uma tentativa de "preservar o diálogo entre o PT e a presidência da Câmara".

"Meu objetivo era ajudar a impedir o avanço da anistia e viabilizar a votação de pautas importantes para o povo brasileiro, como a isenção do Imposto de Renda, a MP do Gás do Povo, a taxação das casas de apostas e dos super-ricos, além do novo Plano Nacional de Educação”, acrescentou.

No entanto, assumiu que o "esforço não surtiu efeito". Merlong também disse que o acordo político foi rompido e que a votação da PEC ocorreu sob irregularidades.

Além de pedir desculpas ao povo do Piauí e ao seu partido, e destacar que cometeu um "grave equívoco", ele também afirmou que assinou como coautor um Mandado de Segurança junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) solicitando anulação da votação da PEC.

'Saímos derrotados'

Quem também assuntou esse mandado, junto com Merlong, foi o deputado Pedro Campos (PSB-PE), que também se pronunciou arrependido.

Em um vídeo, postado em suas redes sociais, o irmão do prefeito de Recife disse que recebeu "milhares de mensagem de várias pessoas" questionando o seu voto favorável a PEC.

Ele também falou em uma estratégia política para garantir a aprovação de pautas como a ampliação da tarifa social de energia e a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil, e impedir o avanço do projeto de anistia.

Pedro afirmou que a estratégia não foi "o melhor caminho". "A PEC passou do jeito que nós não queríamos, inclusive com a manobra para voltar o voto secreto que nós já tínhamos derrubado em votação", avaliou.

"Saímos derrotados na votação da PEC e na votação da anistia", confirmou o deputado.

'Errou na mão'

O deputado Thiago Joaldo (PP-SE), que integra o Centrão, grupo de partidos que articulou a votação, avaliou que a Câmara "errou na mão e o remédio pode ter saído mais letal do que a enfermidade que se queria tratar".

Ele reafirmou que é contra o que chamou de "perseguição judicial" e "crimes de opinião". Mas, que ouviu especialistas, a imprensa e o povo e resolveu dar uma atenção redobrada a essas vozes.

"Reconheço que falhei, peço desculpas e trabalharei para corrigir esse erro, somando-me a outros colegas que também ouviram as vozes das ruas, para derrubar a PEC no Senado e questionar possíveis vícios de tramitação, sobretudo na votação do segundo turno da PEC. Vergonha é insistir no erro e coragem é assumí-lo de frente e lutar pra consertar”, garantiu.

'Fui covarde'

A deputada Silvye Alves (União Brasil-GO) também pediu desculpas através de um vídeo publicado em suas redes sociais. Ela classificou seu voto como um "erro gravíssimo" e ainda afirmou que foi "contra tudo aquilo que defende".

No vídeo, a deputada contou que inicialmente votou contra a proposta. Porém, passou a receber ligações de "pessoas influentes" no Congresso que a ameaçaram com "retaliações".

“Eu fui covarde, cedi à pressão, e por volta de 23h mudei meu voto. E eu não fui forte. Sou uma mulher super forte e não tive naquele momento força para fazer o certo. E eu quero pedir perdão para vocês. E eu acho que a mesma coisa que vocês, que me acompanham e que gostam do meu trabalho, se decepcionaram, eu tô sentido a mesma coisa. E não tem nada pior do que a gente sentir isso, essa agonia", revelou.