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Aprovação de Lula cresce após tarifaço de Trump, aponta pesquisa

Decisão do presidente dos EUA é vista como injusta por maioria, enquanto governo Lula ganha respaldo na política externa e na condução da crise

  • Foto do(a) author(a) Carol Neves
  • Carol Neves

Publicado em 15 de julho de 2025 às 10:59

Lula recebe título de Doutor Honoris Causa da Universidade de Paris 8
Lula Crédito: Ricardo Stuckert/PR

A popularidade do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) registrou alta após a decisão do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de estabelecer uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros. Segundo levantamento Atlas/Bloomberg divulgado nesta terça-feira (15), 49,7% dos entrevistados aprovam a gestão petista, ante 47,3% na pesquisa anterior, realizada em junho.

O índice de desaprovação, por sua vez, recuou ligeiramente, passando de 51,8% para 50,3%. A pesquisa ouviu 2.841 pessoas com mais de 16 anos por meio remoto, entre os dias 11 e 13 de julho. A margem de erro é de dois pontos percentuais, com nível de confiança de 95%.

A condução da política externa pelo governo Lula também recebeu avaliação positiva: 60,2% aprovam essa área da gestão, enquanto 38,9% desaprovam. Quando comparada ao governo anterior, a atual administração é vista como mais representativa do país no cenário internacional por 61,1% dos entrevistados. Apenas 38,8% consideram que Jair Bolsonaro desempenhava esse papel de forma mais eficaz.

Sobre a decisão de Trump de sobretaxar produtos brasileiros, 62,2% consideram a medida sem justificativa, enquanto 36,8% a enxergam como válida. Apenas 1% não soube opinar.

A pesquisa investigou ainda as percepções sobre os motivos por trás da medida. Para 40,9% dos entrevistados, a motivação principal foi uma retaliação à participação do Brasil no Brics. Outros 36,9% acreditam que a decisão está ligada à atuação da família Bolsonaro, enquanto 16,8% associam a medida a decisões do Supremo Tribunal Federal em relação às redes sociais americanas. Apenas 3,5% veem a ação como parte de um esforço legítimo para favorecer os Estados Unidos no comércio bilateral.

Lula em entrevista à TV Globo por Reprodução/ TV Globo

Para 50,3% dos entrevistados, os argumentos apresentados por Trump representam uma ameaça à soberania brasileira. Já 47,8% não veem risco nesse sentido, e 1,8% não soube avaliar.

Sobre a resposta do governo brasileiro à imposição das tarifas, 44,8% consideraram a reação adequada. Outros 27,5% acharam a postura agressiva e 25,2%, fraca. Uma parcela de 2,5% preferiu não opinar.

Apesar da tensão, os entrevistados demonstram esperança em relação a um entendimento entre os países: 47,9% acreditam que o governo federal conseguirá negociar com os Estados Unidos e reduzir as tarifas. Para 38,8%, isso não deve acontecer, enquanto 13,3% disseram não saber.

Por fim, a pesquisa apontou preocupação com os impactos econômicos da medida. Se as tarifas forem mantidas, 70% esperam alta da inflação, 18% não preveem efeitos e 6% acham que pode até diminuir. Quanto ao crescimento econômico, 72% acreditam que será prejudicado, 15% veem estabilidade e 8% são otimistas quanto a um possível aumento, apesar das restrições. Outros 5% não souberam responder.