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Austrália executa mais de 700 coalas com franco-atiradores por ‘razões humanitárias’

“Massacre” em reserva natural tem aval do governo australiano

  • Foto do(a) author(a) Yan Inácio
  • Yan Inácio

Publicado em 26 de abril de 2025 às 16:47

Coala
Animal é símbolo nacional do país ocêanico Crédito: Freepik

Neste mês, franco-atiradores em helicópteros mataram centenas de coalas com rifles de longa distância no Parque Nacional Budj Bim, no sul da Austrália. De acordo com as autoridades locais, a motivação para o sacrifício dos animais, que são encontrados exclusivamente no país ocêanico, é por “razões humanitárias.”

Segundo o governo, os abates são uma campanha de eutanásia e acontecem depois que incêndios florestais devastaram cerca de 2.200 hectares do parque onde os animais se encontram. A intensidade das chamas teria deixado os coalas gravemente feridos e destruído os eucaliptos que são essenciais para a alimentação da espécie.

Em entrevista à Vox, o chefe de biodiversidade do estado de Vitória, James Todd, afirma que outros métodos de análise, inclusive checar os coalas um por um, foram considerados, mas descartados.

Segundo ele, é difícil chegar a pé na região e os coalas costumam estar muito no alto das árvores. O fogo, que ainda não foi totalmente extinto, também é considerado um risco para os oficiais.

Jacinta Allan, primeira-ministra do estado de Victoria, defendeu a estratégia e disse ao Sky News Australia que os bichos estavam “gravemente afetados” e que a decisão de sacrificá-los foi tomada depois de “avaliações exaustivas”.

Organizações em defesa da causa animal protestaram contra a medida. A Koala Alliance, ONG australiana que defende os animais, falou nas redes sociais que a comunidade local está assustada com os métodos usados.

"Se os coalas fossem abatidos das árvores, isso significaria que muitos filhotes seriam deixados para sofrer e morrer. É desprezível. É cruel. É exatamente por isso que a DEECA [autoridade governamental responsável pela conservação ambiental] nunca quis que o público soubesse", afirmou.