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Bolsonaro chama tornozeleira de 'suprema humilhação' e nega plano de fuga

Ex-presidente diz que nunca cogitou deixar o país e classifica investigação como política

  • Foto do(a) author(a) Carol Neves
  • Carol Neves

Publicado em 18 de julho de 2025 às 11:23

Jair Bolsonaro falou com imprensa
Jair Bolsonaro falou com imprensa Crédito: Reprodução/CNN

O ex-presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta sexta-feira (18)  que as medidas cautelares impostas pelo Supremo Tribunal Federal (STF)  representam uma "suprema humilhação" e que nunca teve a intenção de sair do Brasil ou se abrigar em embaixadas. A declaração foi dada após a Polícia Federal cumprir mandado de busca e apreensão em sua residência, em Brasília, e instalar uma tornozeleira eletrônica no ex-mandatário, por determinação do ministro Alexandre de Moraes.

"No mais nunca pensei em sair do Brasil, (ir para) embaixada. Mas as cautelares são em função disso, tenho horário para ficar na rua. Objetivo é a suprema humilhação.”, afirmou o ex-presidente, ao falar das medidas restritivas impostas pelo STF a ele. "É um novo inquérito do meu filho Eduardo, pela acusação são 12 anos de cadeia contra ele", acrescentou, explicando que se trata de um novo caso investigado pelo STF. "Acredito que Eduardo vai continuar nos EUA, se ele vier para cá vai ter problemas".

Bolsonaro voltou a negar que tentou dar um golpe após perder as eleições para Lula (PT), em 2022. "Nada de concreto existe ali, não tem prova de nada. Um golpe no domingo, sem Forças Armada, golpe de festim...".

A decisão judicial também proíbe Bolsonaro de sair de casa entre 19h e 7h, inclusive aos fins de semana, além de vetar seu acesso às redes sociais, o contato com diplomatas e embaixadas, e qualquer comunicação com outros investigados nos inquéritos que tramitam no STF. As restrições, segundo Moraes, visam impedir interferências do ex-presidente nos processos judiciais em andamento.

Durante a operação, agentes da PF apreenderam cerca de 14 mil dólares e 8 mil reais em espécie na residência de Bolsonaro, além de um pendrive encontrado escondido em um banheiro. O material será analisado pela polícia científica. Em entrevista, o ex-presidente confirmou a apreensão do dinheiro e disse que os valores estão documentados com recibo emitido pelo Banco do Brasil.

Bolsonaro ao lado de advogado por Antonio Augusto/STF

A investigação apura suspeitas de coação no curso do processo, obstrução da Justiça e tentativa de interferência na soberania nacional. De acordo com Moraes, há indícios de que Bolsonaro agiu em conjunto com seu filho, o deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), para influenciar julgamentos e associar publicamente a própria anistia à retirada das sanções econômicas aplicadas pelos Estados Unidos contra o Brasil.

A defesa do ex-presidente afirmou ter recebido as medidas com “surpresa e indignação”, alegando que Bolsonaro sempre cumpriu ordens da Justiça. Parlamentares aliados, como o senador Flávio Bolsonaro e o deputado Eduardo Bolsonaro, também criticaram duramente a decisão do Supremo. Ambos acusaram Moraes de agir movido por “ódio político” e de ultrapassar os limites legais em uma perseguição direcionada à família Bolsonaro.