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Maysa Polcri
Publicado em 18 de julho de 2025 às 13:20
Os professores da rede municipal de Salvador decidiram encerrar a greve nesta sexta-feira (18), após uma assembleia realizada no Ginásio de Esportes dos Bancários, no Centro da cidade. O movimento de suspensão das atividades começou no dia 6 de maio, após a categoria não concordar com o reajuste proposto pela Prefeitura. A Justiça já havia decretado que a greve era ilegal e determinado a volta dos professores às salas de aula. >
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia (APLB), Rui Oliveira, informou à reportagem que a categoria vai assinar o acordo com a Prefeitura nesta sexta-feira (18). Os detalhes do acordo ainda não foram divulgados. Na quinta-feira (17), Thiago Dantas, secretário de Educação de Salvador afirmou, em entrevista à TV Bahia, que foi estabelecido o pagamento do piso nacional de R$ 4.867,77 para a categoria.>
A previsão, com o acordo, é que todas as unidades de ensino voltem a funcionar na próxima semana. Rui Oliveira confirmou que o calendário dos estudantes deverá ser modificado após dois meses sem aula, mas, segundo ele, ainda não foi decidido como se dará o ajuste. A expectativa é que o calendário letivo seja estendido até janeiro de 2026. A rede municipal de ensino de Salvador conta com 131 mil alunos distribuídos em 415 escolas.>
Na quinta-feira (17), o Ministério Público da Bahia (MP-BA) deu prazo de 24 horas para que os gestores das 35 escolas municipais de Salvador que ainda permanecem fechadas por conta da greve do adotassem providências para garantir a retomada das aulas. >
No mesmo dia, o Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) decretou multa diária no valor de R$ 30 mil para o presidente da APLB, além do bloqueio de bens, por cumprimento de decisões judiciais que determinaram a suspensão da greve. Rui Oliveira disse que os professores vão continuar reivindicando melhorias para a categoria, mesmo com o fim da greve.>
Os profissionais decretaram greve por tempo indeterminado no início de maio, reivindicando o cumprimento do piso salarial nacional e melhores condições de trabalho. O Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia afirmou que a gestão municipal pagava o salário junto com as bonificações para atingir o piso nacional.>
A Prefeitura destaca que a campanha salarial de 2025 resultou em aumentos que variam de 9% a 18% para os profissionais da educação, percentuais acima do reajuste do piso nacional, que foi de 6,27%. >