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Câmeras registraram ataque a advogado do mensalão que foi achado morto na rua

Principal linha de investigação aponta latrocínio - roubo seguido de morte

  • Foto do(a) author(a) Carol Neves
  • Carol Neves

Publicado em 3 de outubro de 2025 às 10:41

Luiz Fernando Pacheco
Luiz Fernando Pacheco Crédito: Reprodução

A investigação sobre a morte do advogado criminalista Luiz Fernando Pacheco, de 51 anos, avançou com a Polícia Civil de São Paulo considerando a hipótese de latrocínio como a mais provável, segundo informações da Folha de S. Paulo. Em mensagem a amigos, Luiz Fernando chegou a falar que teria ingerido bebida com metanol, mas quem recebeu interpretou como uma brincadeira diante dos casos no noticiário. 

Imagens de câmeras de segurança do bairro Higienópolis mostram Pacheco saindo de um bar na madrugada de quarta-feira (1º), onde passou algumas horas bebendo sozinho. Ele seguia a pé em direção à sua residência, quando parou próximo à esquina da rua Itambé com a rua Maranhão, nas cercanias da Universidade Presbiteriana Mackenzie.

No local, duas pessoas se aproximaram dele tentando roubar seu celular. O advogado reagiu, mas foi golpeado com soco, cotovelada e um movimento de judô. Ele caiu, sem conseguir se levantar, e os suspeitos revistaram seus bolsos antes de se afastarem. Pouco depois, um carro branco parou no local, e um homem tentou socorrê-lo, acionando a Polícia Militar e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).

Luiz Fernando Pacheco ao lado de Lula por Reprodução

Na sequência, Pacheco foi levado a uma unidade de saúde, onde teve a morte confirmada. Segundo o boletim de ocorrência, uma testemunha relatou que o advogado apresentava convulsões e dificuldade para respirar quando encontrado.

Horas antes, em troca de mensagens com amigos, Pacheco havia enviado três textos, apagando-os logo em seguida. Às 00h06, escreveu: "desculpem os erros, acho que tomei metanol". Segundo a CNN, a mensagem foi encarada como brincadeira pelos amigos que a receberam, com o advogado usando os casos recentes do noticiário para "justificar" os erros de digitação. 

A Secretaria da Segurança Pública de São Paulo confirmou que um registro de desaparecimento em nome de Pacheco havia sido feito na noite de terça-feira (30). Quando foi encontrado, porém, ele não portava documentos e vestia calça jeans e camisa preta. A identificação foi posteriormente confirmada por exame papiloscópico.

A SSP informou ainda que o caso segue em investigação e que os laudos periciais serão analisados para esclarecer as circunstâncias da morte.

Quem era o advogado

Fundador do Prerrogativas, Luiz Fernando Pacheco tinha mais de 30 anos de carreira na área jurídica e se destacou por atuar em casos de grande repercussão nacional, incluindo a defesa de José Genoino, ex-presidente do PT, no escândalo do mensalão.

Pacheco ocupou dois mandatos como conselheiro da OAB/SP (2019/2021 e 2022/2024) e presidia desde 2022 a Comissão de Direitos e Prerrogativas da entidade. No mesmo período, também atuou como conselheiro de prerrogativas do Conselho Federal da OAB.

Além de sua atuação institucional, ele foi vice-presidente do Conselho Deliberativo do IDDD (Instituto de Defesa do Direito de Defesa) e integrou o Conselho Nacional Antidrogas da Presidência da República.

Marco Aurélio de Carvalho, coordenador-geral do Grupo Prerrogativas, lamentou a morte do advogado e destacou sua influência: "O Grupo Prerrogativas está de luto. E a advocacia também. Perdemos um de nossos sócio-fundadores. Um dos mais brilhantes, mais generosos, mais solidários e mais combativos advogados do país. Seguirá nos inspirando e vivendo no melhor de cada um de nós. Mais um latrocínio, ao que parece. As circunstâncias desta morte violenta e inaceitável devem ser rigorosamente apuradas. Não aceitaremos que este episódio lamentável seja convertido em mais um dado estatístico".