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Empresa é condenada a pagar R$ 300 mil à filha que nasceu com microcefalia após contaminação do pai em fábrica

Ex-funcionário trabalhou por sete anos na farmacêutica Eli Lilly do Brasil

  • Foto do(a) author(a) Wendel de Novais
  • Wendel de Novais

Publicado em 1 de dezembro de 2025 às 09:31

Ely do Brasil foi alvo de processo por contaminação
Ely do Brasil foi alvo de processo por contaminação Crédito: Reprodução

A farmacêutica Eli Lilly do Brasil foi condenada a pagar uma indenização de R$ 300 mil à filha de um ex-funcionário exposto a substâncias químicas tóxicas durante sete anos em uma fábrica da empresa em Cosmópolis, no interior de São Paulo. A decisão, proferida pelo Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região (Campinas/SP), foi mantida pela Sétima Turma do Tribunal Superior do Trabalho (TST) na última quinta-feira (27).

Do valor fixado, R$ 200 mil correspondem a danos morais e R$ 100 mil a danos estéticos. A empresa ainda deverá custear plano de saúde vitalício, cadeira de rodas e demais despesas médicas comprovadas da vítima. O pai atuou na unidade entre 1988 e 1995, em contato direto com produtos químicos considerados altamente nocivos à saúde.

Ely do Brasil foi alvo de processo por contaminação por Reprodução

Segundo relatos apresentados no processo, ele desenvolveu ao longo do período diversos problemas clínicos, como distúrbios neurológicos, dores crônicas, hipertensão e hepatite química. Em 1994, a filha nasceu com mielomeningocele e hidrocefalia — alterações no fechamento da coluna e no desenvolvimento do cérebro — que comprometem a mobilidade e outras funções por toda a vida.

Anos depois, em 2013, exames realizados pela família apontaram intoxicação por metais pesados tanto no ex-trabalhador quanto na filha. Laudos incluídos no processo também indicaram que a mãe pode ter sido contaminada indiretamente ao lavar os uniformes impregnados pelos produtos usados na fábrica. Ela chegou a ser diagnosticada com câncer de mama.

Os documentos apresentados à Justiça apontaram falhas na proteção dos trabalhadores e risco elevado de exposição a agentes químicos capazes de causar danos ao feto durante a gestação. A Eli Lilly negou responsabilidade, alegando que os problemas poderiam ter origem genética ou em condições de saúde preexistentes dos pais. Contudo, os magistrados entenderam que a rotina de trabalho contribuiu de forma decisiva para o quadro.

Tags:

Processo Indenização Empresa Justiça Trabalhista