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'Falso profeta': youtuber é processado pelo bispo Bruno Leonardo e tem vídeos excluídos nas redes

Líder religioso chegou a pedir na Justiça a censura de vídeos que o criticam

  • Foto do(a) author(a) Esther Morais
  • Esther Morais

Publicado em 15 de julho de 2025 às 10:21

Youtuber publicou série de vídeos criticando bispo
Youtuber publicou série de vídeos criticando bispo Crédito: Divulgação

O youtuber e teólogo presbiteriano Caio Modesto foi processado pelo bispo Bruno Leonardo após publicar uma série de críticas contra o líder religioso nas redes sociais. Nas publicações, ele chega a chamar Bruno de "falso profeta", "coaching neopetencostal" e condena práticas presentes nas pregações do bispo.

O processo começou há mais de três meses e corria sob segredo de Justiça. Ao longo disso, o bispo obteve uma liminar que determinou a censura de duas postagens no Instagram de Caio e derrubada de vários vídeos no Youtube. Agora, o CORREIO teve acesso com exclusividade à sentença, que foi proferida no último dia 7. 

No documento, Bruno Leonardo, junto com a Igreja Batista do Avivamento Mundial, denunciou Caio Modesto por calúnia, injúria e difamação. A ação foi julgado pela 11ª Vara Criminal de Salvador e, como conclusão, a punibilidade de Caio da Silva Modesto foi extinta em relação aos dois autores.

A extinção aconteceu porque houve a desistência de um dos autores, Bruno Leonardo. Já a Igreja Batista do Avivamento Mundial teve sua queixa rejeitada por vício formal na procuração. Como o erro não foi corrigido dentro do prazo legal de seis meses, houve decadência do direito de ação, levando também à extinção da punibilidade de Caio.

Por conta disso, também foi cancelada uma audiência do caso marcada para 25 de agosto. Não há custas nem honorários de sucumbência.

Bispo Bruno Leonardo vai dooar R$ 100 mil para bebê em UTUI por Reprodução/Instagram

Youtuber chama Bruno Leonardo de 'falso profeta'

Nos vídeos derrubados do Youtube, Caio Modesto chama Bruno Leonardo de "falso profeta" e critica práticas que considera esotéricas - crenças e rituais que buscam explorar o oculto -, como o uso de farinha nas mãos das pessoas para “revelar o futuro”, além de abordagens religiosas ligadas ao neopentecostalismo, como maldição hereditária, teologia da prosperidade, triunfalismo e confissão positiva. 

"O canal dele tem mais de 50 milhões de seguidores, onde os incautos na fé recebem orações que prometem coisas que Deus nunca prometeu", reclama o teólogo.

"Enquanto ele esbanja sua riqueza, seus seguidores continuam na miséria - sem boa teologia, sem direção bíblica. Além disso, censurou duas postagens minhas no Instagram e derrubou vários vídeos no YouTube. Típico de um falso profeta agir dessa maneira. Mas nosso verdadeiro advogado é Jesus Cristo. E Ele nunca perde uma causa", escreveu nas redes sociais.

Bruno Leonardo se tornou um sucesso na internet e costuma lotar estádios por todo o Brasil. O bispo acumula mais de 10 milhões de seguidores no Instagram e tem uma lista de transmissão em que publica devocionais diários - ele também publica vídeos com frequência no Youtube.

Em janeiro, a "Visita do Profeta", culto promovido pelo religioso, lotou o Parque de Exposições em Salvador e terminou com uma doação de R$ 2 milhões para o Hospital Santa Izabel. A estimativa é que cerca de 80 mil pessoas tenham ido até o local ver a pregação. 

A reportagem procurou a assessoria do bispo Bruno Leonardo há meses, mas os representantes negaram o caso. Com o resultado, o CORREIO voltou a pedir um posicionamento para saber porque houve a desistência, mas não recebeu retorno até a última atualização da matéria. O espaço segue aberto.