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Família de ex-Globo pede desculpas por ataques homofóbicos e diz que ela tem doença mental

Jornalista Adriana Catarina foi denunciada por ofensas a quatro homens gays em São Paulo

  • Foto do(a) author(a) Carol Neves
  • Carol Neves

Publicado em 18 de junho de 2025 às 08:26

 Adriana Catarina Ramos de Oliveira
Adriana Catarina Ramos de Oliveira Crédito: Reprodução

A família da jornalista Adriana Catarina Ramos de Oliveira, de 61 anos, se manifestou após os recentes episódios de homofobia envolvendo a mãe. Em nota, as filhas da mulher, que preferiram não se identificar, pediram desculpas aos quatro homens vítimas dos ataques e afirmaram que Adriana tem histórico de transtornos mentais graves, com tratamento contínuo há cerca de 20 anos.

"Como filhas, gostaríamos de expressar, com profunda tristeza e sinceridade, o quanto estamos abaladas com os acontecimentos recentes. Pedimos desculpas, do fundo do coração, às pessoas que foram atingidas e afetadas pelas ofensas proferidas", afirmaram elas na nota, divulgada pelo portal Uol. 

Segundo elas, a jornalista é diagnosticada com esquizofrenia e transtorno bipolar, condições que, conforme relataram, podem se manifestar de forma imprevisível. Elas destacaram que não compactuam "com qualquer ato de agressão ou preconceito" e garantem que Adriana será submetida a novos cuidados médicos. "Estamos tomando, de imediato, as providências necessárias junto aos profissionais de saúde para que novos episódios sejam evitados", acrescentaram.

Adriana é jornalista e tem passagens pela EPTV, afiliada da TV Globo em Campinas, além da TV Cultura, Record, RIT TV e Globo São Paulo, entre outras. Segundo o perfil dela no Linkedin, atualmente ela trabalha com assessoria de imprensa.

Ataques repetidos

Adriana foi filmada ontem proferindo ofensas contra três vizinhos homossexuais no condomínio onde morava em Higienópolis, bairro nobre de São Paulo. Entre os insultos registrados estão expressões como "boiolas depilados", "viados que dão o c\*" e menções ofensivas à orientação sexual dos rapazes, a quem chamou de "gaiola das loucas". As vítimas chamaram a polícia, registraram boletim de ocorrência e prestaram depoimento. A jornalista foi liberada em seguida.

Um dos alvos, Gustavo Leão, que divide o apartamento com os amigos Matteus e Danilo, relatou que a vizinha demonstrava comportamentos homofóbicos desde que se mudou para o prédio, há pouco mais de um mês. "Ontem passou dos limites", contou.

Dois dias antes, Adriana já havia sido presa após insultar outro homem gay no shopping Iguatemi, chamando-o de "pobre e bicha nojenta". Ela foi liberada após audiência de custódia, mas ficou sujeita a medidas cautelares, como a proibição de frequentar o shopping ou sair da capital sem autorização judicial.

A administração do condomínio também se pronunciou, lamentando o episódio e dizendo "repudiar qualquer forma de preconceito ou discriminação", além de reforçar o compromisso com "o respeito à diversidade, em todas as suas formas". Adriana já não está mais no edifício onde os ataques ocorreram.