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Irmã e amigo planejaram morte de casal gay para ficar com R$ 1,3 milhão

Os dois foram mortos com uso de substância controlada obtida ilegalmente

  • Foto do(a) author(a) Carol Neves
  • Carol Neves

Publicado em 8 de novembro de 2025 às 07:31

Everaldo Gregório de Souza, de 60 anos, e Thomas Stephen Lydon, 65
Everaldo Gregório de Souza, de 60 anos, e Thomas Stephen Lydon, 65 Crédito: Reprodução

O envenenamento que tirou a vida de Everaldo Gregório de Souza, de 60 anos, e de Thomas Stephen Lydon, de 65, foi planejado pela irmã de uma das vítimas e por um amigo próximo do casal, segundo a Polícia Civil de Minas Gerais. A dupla, suspeita de movimentar mais de R$ 1,3 milhão após as mortes, foi presa preventivamente.

A investigação apontou que o homem de 35 anos falsificava receitas médicas para comprar fenobarbital, substância de uso controlado utilizada no crime. Com ele, a polícia encontrou carimbos e receituários falsificados em nome de médicas que negaram qualquer envolvimento. Uma advogada ligada ao caso também é investigada por orientar testemunhas a prestar informações falsas e está sob medida cautelar.

Everaldo Gregório de Souza morou por anos nos EUA com companheiro por Reprodução

O inquérito policial deve ser concluído e encaminhado ao Ministério Público nos próximos dias. Além de homicídio duplamente qualificado, os suspeitos podem responder por falsificação de documentos e uso de documento falso. A corporação também apura se houve ocultação de patrimônio e intimidação de testemunhas.

Suspeitas após as mortes

As mortes de Thomas, em 20 de junho, e de Everaldo, seis dias depois, chegaram a ser tratadas como naturais - uma teria sido atribuída a câncer de pele e a outra, a coma alcoólico. O casal vivia junto havia mais de 30 anos e havia se mudado para Governador Valadares (MG) após a aposentadoria. Eles se conheceram nos Estados Unidos, onde viveram por décadas antes de se estabelecerem no Brasil.

A desconfiança de familiares começou quando parentes perceberam que não foram avisados sobre a internação e o enterro das vítimas. A ausência de informações levou os familiares de Souza a procurar a polícia, que então pediu a exumação dos corpos.

Os exames laboratoriais confirmaram a presença de fenobarbital em ambos. A substância, quando administrada em altas doses, causa depressão respiratória e parada cardíaca. Segundo os investigadores, os suspeitos, que se apresentavam como cuidadores, tinham acesso livre à residência, o que teria facilitado a administração do veneno.

O que é o fenobarbital

O fenobarbital é um barbitúrico que atua deprimindo o sistema nervoso central ao potencializar o neurotransmissor GABA, reduzindo a atividade elétrica cerebral. Em altas concentrações, pode provocar coma, depressão respiratória e, eventualmente, falência respiratória, sobretudo quando há consumo de álcool.

Estudos publicados na revista Clinical Toxicology apontam que níveis acima de 40 microgramas por mililitro de sangue são potencialmente letais. Segundo a Public Library of Science, o medicamento pode permanecer ativo por até 120 horas no organismo. No Brasil, ele integra a Lista C1 da Portaria nº 344/1998 da Secretaria de Vigilância Sanitária, com venda permitida apenas mediante prescrição retida.

Tags:

Crime