Cadastre-se e receba grátis as principais notícias do Correio.
Millena Marques
Estadão
Publicado em 26 de setembro de 2025 às 12:19
O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) avaliam aplicar regras administrativas para ampliar o controle da presença de juízes, desembargadores, promotores e procuradores nos fóruns e promotorias. Uma delas é a fiscalização dos profissionais por geolocalização. >
A proposta tem o objetivo de obrigar o comparecimento presencial de magistrados e membros do Ministério Público nas repartições. A ideia é proibir a participação corriqueira em sessões e audiências no regime remoto. >
O ministro Mauro Campbell, corregedor do Poder Judiciário, foi o primeiro a redigir uma minuta de provimento nesse sentido. O texto foi entregue ao CNJ no último dia 2.>
O procurador-geral da República Paulo Gonet apresentou nesta terça, 23, uma versão bem semelhante ao Conselhão do MP, inspirada no projeto Campbell.>
Os projetos ainda não foram votados pelos conselheiros.>
Uma alternativa em debate, para fiscalizar o cumprimento das normas que vierem a ser aprovadas, é o uso de ferramentas de geolocalização, controle de IP e reconhecimento facial ou biométrico.>
Os conselhos avaliam que é necessário um “acompanhamento periódico e sistemático” pelas corregedorias para garantir que o trabalho está sendo feito presencialmente.>
Depois da pandemia da covid-19, não houve adesão completa ao trabalho presencial no Judiciário e no Ministério Público. As jornadas remotas foram autorizadas excepcionalmente no auge da crise sanitária para evitar a contaminação sem paralisar a Justiça. Apesar de obrigatório, o retorno ao sistema anterior tem enfrentado resistência e as audiências por videoconferência continuam parte da rotina do Judiciário.>