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Justiça mantém preso empresário suspeito de matar gari após briga de trânsito

Juiz classificou atitude de Renê da Silva Nogueira Junior como "fria" e de "periculosidade acentuada"

  • Foto do(a) author(a) Carol Neves
  • Carol Neves

Publicado em 13 de agosto de 2025 às 12:19

René da Silva Nogueira Júnior foi preso horas após atirar contra Laudemir Fernandas, que fazia coleta de lixo
René da Silva Nogueira Júnior foi preso horas após atirar contra Laudemir Fernandas, que fazia coleta de lixo Crédito: Reprodução

O empresário Renê da Silva Nogueira Junior, de 47 anos, teve a prisão em flagrante convertida em preventiva nesta quarta-feira (13), durante audiência de custódia realizada em Belo Horizonte. Ele é suspeito de matar a tiros o gari Laudemir de Souza Fernandes, 44, após uma discussão de trânsito na capital mineira.

A decisão da Justiça considerou a gravidade do crime e apontou risco à ordem pública. Segundo o juiz Leonardo Vieira Rocha Damasceno, responsável por homologar a prisão, a conduta do empresário foi "desproporcional e fria". Ele ainda destacou a "periculosidade acentuada" de Renê e seu "total desrespeito pela vida humana".

Na audiência, o magistrado avaliou que o flagrante é válido, considerando o fato de Renê estar dirigindo o veículo apontado por testemunhas na cena do crime, além do reconhecimento direto feito por elas. A defesa, que havia pedido a revogação da prisão com base nos "bons antecedentes" e no fato de Renê ser réu primário e ter residência fixa, teve o pedido negado. 

René da Silva Nogueira Júnior e esposa, a delegada Ana Paula Balbino Nogueira por Reprodução

Relembre

O crime aconteceu na manhã da segunda-feira (11), em Belo Horizonte. Segundo a Polícia Militar, Renê dirigia pela rua onde Laudemir e outros coletores realizavam a coleta de lixo. Incomodado com a presença do caminhão na via, o empresário teria ameaçado a motorista do veículo, dizendo que "atiraria na cara dela" caso ela não liberasse passagem.

Diante da situação, Laudemir e colegas intervieram. Foi nesse momento que, de acordo com relatos colhidos pela polícia, Renê sacou uma arma e disparou contra o gari, atingindo-o no peito. A vítima chegou a ser socorrida e levada ao Hospital Santa Rita, em Contagem, mas não resistiu.

Após o disparo, Renê deixou o local e seguiu sua rotina. Ele acabou preso horas depois, enquanto treinava em uma academia de alto padrão no bairro Estoril, área nobre da capital. Policiais cercaram o local para evitar uma possível fuga. Ele foi levado à delegacia ainda com a roupa do treino e cobria o rosto para escapar das câmeras. O empresário negou o crime, mas a polícia chegou a ele identificando o carro por imagens, além da descrição do suspeito pelas testemunhas.

Laudemir de Souza Fernandes trabalhava para uma empresa terceirizada que presta serviços à prefeitura de Belo Horizonte. Ele deixa uma filha e outros familiares. Em nota, a empresa Localix Serviços Ambientais classificou o crime como uma "violência injustificável" e afirmou estar oferecendo apoio à família. A prefeitura também lamentou o ocorrido.

Mulher delegada

Renê da Silva Nogueira Junior é sócio-administrador de três empresas e é casado com uma delegada da Polícia Civil de Minas Gerais. Em suas redes sociais, ele se descrevia como "cristão, esposo, pai e patriota". A polícia ainda não confirmou se ele tinha autorização para portar arma, mas a pistola que estava com ele pertencia à esposa, que é delegada da Polícia Civil mineira. A Corregedoria informou que vai investigar se ela tem algum envolvimento com o caso ou foi negligente com a arma.