Acesse sua conta
Ainda não é assinante?
Ao continuar, você concorda com a nossa Política de Privacidade
ou
Entre com o Google
Alterar senha
Preencha os campos abaixo, e clique em "Confirma alteração" para confirmar a mudança.
Recuperar senha
Preencha o campo abaixo com seu email.

Já tem uma conta? Entre
Alterar senha
Preencha os campos abaixo, e clique em "Confirma alteração" para confirmar a mudança.
Dados não encontrados!
Você ainda não é nosso assinante!
Mas é facil resolver isso, clique abaixo e veja como fazer parte da comunidade Correio *
ASSINE

Marido que simulou assalto para matar esposa usou celular dela para mandar mensagem no grupo da família

Jaqueline Rodrigues Pereira tinha 37 anos e havia acabado de se curar de um câncer

  • Foto do(a) author(a) Giuliana Mancini
  • Giuliana Mancini

Publicado em 28 de setembro de 2025 às 07:48

Marido enviou mensagem no grupo da família após o crime, segundo delegado
Marido enviou mensagem no grupo da família após o crime, segundo delegado Crédito: Reprodução

Adriano Forgiarini, de 37 anos, utilizou o celular da esposa, Jaqueline Rodrigues Pereira, também de 37, para enviar uma mensagem no grupo da família logo após o crime. A vítima havia sido morta com um tiro minutos antes. A informação foi confirmada pelo delegado Walcely de Almeida, da Polícia Civil do Paraná (PC-PR). A investigação aponta que Adriano forjou um assalto para encobrir o assassinato. O caso ocorreu em São Miguel do Iguaçu, no oeste do estado.

As informações são do portal G1, que procurou a defesa de Adriano, mas não obteve retorno até a publicação da reportagem. Ele foi preso por feminicídio na tarde de sexta-feira (26), em um hotel da cidade, 13 dias após a morte de Jaqueline.

No dia 13 de setembro, às 5h31, uma mensagem com “bom dia povo” foi enviada ao grupo da família, em nome de Jaqueline. Porém, ela já havia sido morta cerca de 11 minutos antes, às 5h20, segundo o delegado.

"Eles [familiares] acharam a mensagem estranha, porque ela não tinha mania de fazer aquele tipo de mensagem", contou Walcely.

Jaqueline Rodrigues Pereira por Reprodução

O grupo de mensagens havia sido criado para organizar a festa de aniversário da mãe de Jaqueline, que seria no dia 14 de setembro, um dia após o crime.

O delegado explicou que os horários foram confirmados por meio de câmeras de segurança da casa do casal. Apenas as imagens da varanda não foram apagadas, o que permitiu visualizar, pelo reflexo de uma porta de vidro, a movimentação no local, além de registrar áudios.

"E a partir do que a gente tinha de cena do crime, com ajuda da família que deu alguns detalhes, e com os áudios, nós conseguimos chegar à conclusão que ele disparou na cabeça dela por volta das 5h20 da manhã, na cama ainda", explicou o delegado à RPC, afiliada da TV Globo no Paraná.

Jaqueline foi encontrada sem vida na área externa da residência do casal, com um disparo na cabeça. Adriano também apresentava ferimentos por arma de fogo no peito, de forma superficial, e chegou a ser hospitalizado em estado grave, reforçando a ideia de que ambos teriam sido vítimas de criminosos. Contudo, a polícia agora afirma que o ferimento do homem foi causado por ele mesmo, em uma tentativa de passar credibilidade para sua história.

Há ainda a suspeita de que o corpo de Jaqueline tenha sido arrastado até a área externa da casa. A arma usada no crime foi localizada na propriedade da família.

Conforme o delegado, desde o início da investigação, havia suspeitas sobre o depoimento de Adriano. Durante quase duas semanas, testemunhas foram ouvidas e provas reunidas, até que a participação dele foi confirmada.

Jaqueline havia se curado de um câncer de mama em março deste ano. Casada há 12 anos com Adriano, ela deixa um filho de 11 anos. O caso é investigado como feminicídio por motivo fútil. A motivação do crime ainda não foi revelada.