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Médica é denunciada por violência obstétrica por cortar a bexiga de paciente achando ser o útero

Família acionou um perito para analisar vídeo do parte e prontuário da paciente

  • Foto do(a) author(a) Elaine Sanoli
  • Elaine Sanoli

Publicado em 22 de abril de 2025 às 19:29

Após cortar a bexiga da paciente, a médica teria tentado outra manobra: utilizar o vácuo-extrator para puxar o bebê para fora Crédito: Reprodução/TV Globo

A médica e influenciadora Anna Beatriz Herief teve seu registro profissional suspenso após denúncias de violência obstétrica. Há cerca de um ano, a paciente Larissa Bastos Kaehler teve a bexiga cortada durante o trabalho de parto, que terminou em uma cesárea de emergência. O caso foi a publico em um reportagem exibida pelo programa Fantástico neste domingo (20).

De acordo com o médico contratado pela família da vítima para realizar uma análise técnica do caso, Ivo Costa Júnior, o vídeo do parto e o prontuário indicam que a médica acreditava que havia atingido o útero da paciente, quando havia realizado apenas uma incisão na bexiga. "Anna Beatriz achava realmente que tinha aberto o útero, tanto é que colocou imediatamente a mão dentro da incisão para retirar o feto", diz o perito.

A médica afirma que o corte na bexiga foi intencional. "Eu transpassei a bexiga propositadamente porque se demorasse mais ou menos cinco minutos, ou mais, para que se rebaixasse a bexiga, antes de tirar o bebê e procurar o útero, era uma emergência fetal", alega.

Larissa teve uma gravidez de risco, após ser diagnosticada com pré-eclâmpsia, um tipo de hipertensão gestacional, e seu parto durou cerca de 12 horas. Após cortar a bexiga da paciente, a médica teria tentado outra manobra: utilizar o vácuo-extrator para puxar o bebê para fora. No entanto, o prontuário indica que a obstetra realizou sete vezes a manobra, quando o indicado é apenas três tentativas. "Eu não tentei sete vezes. Eu tentei três a quatro vezes, como dizem as diretrizes", rebate Anna Beatriz.  

Só depois das supostas falhas a médica teria iniciado uma cesárea de emergência. A criança tem hoje um ano, mas ainda não se sabe a dimensão do dano cerebral que a falta de oxigenação do parto causou. 

A médica teve o registro profissional suspenso por seis meses pelo Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro. Na semana passada, a suspensão foi renovada para mais seis meses. O processo de cassação ainda está em andamento.