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O que será feito com a onça que matou caseiro? Entenda

Homem de 60 anos foi parcialmente devorado pelo animal

  • Foto do(a) author(a) Carol Neves
  • Foto do(a) author(a) Estadão
  • Carol Neves

  • Estadão

Publicado em 26 de abril de 2025 às 13:25

A onça-pintada capturada no Mato Groso do Sul
A onça-pintada capturada no Mato Groso do Sul Crédito: Divulgação/ Governo do Mato Grosso do Sul

A onça-pintada que atacou e matou um caseiro de 60 anos em Aquidauana, no Pantanal sul-mato-grossense, foi capturada na madrugada da quinta-feira (24) por equipes da Polícia Militar Ambiental. O animal, um macho com 94 quilos, foi sedado e encaminhado para o Centro de Reabilitação de Animais Silvestres (Cras), em Campo Grande.

Segundo informações da polícia, a captura ocorreu nas proximidades do local onde o ataque aconteceu. A vítima, Jorge Avalo, foi parcialmente devorada. De acordo com especialistas, o peso da onça está abaixo do esperado para um macho adulto, que deveria girar em torno de 120 quilos.

No Cras, a onça será submetida a uma série de exames clínicos. O objetivo é avaliar a saúde do animal, identificar eventuais doenças e coletar material genético que possa confirmar a relação direta com o caso. "Como é um caso muito atípico, a partir da avaliação clínica e de sanidade, vamos ver qual doença que ele tem, porque não é normal o animal desse porte estar tão magro, e assim podemos tentar relacionar ao caso", afirmou o pesquisador Gediendson Araújo, do Reprocon (Reprodução para Conservação).

Ainda conforme Araújo, a interação anormal entre o animal silvestre e seres humanos pode ter sido decisiva para o ataque. "É um caso muito atípico, mas está muito relacionado à presença e aceitação de um animal silvestre à presença de humanos. O animal perdeu o medo de ver o homem como um predador, e acabou tendo essa situação com esse desfecho. Então a coisa é incomum de acontecer, são poucos os relatos, e é uma pena que teve uma perda humana", acrescentou.

A Polícia Civil também investiga a morte do caseiro para confirmar as circunstâncias exatas do ataque.

Durante a apuração do caso, foi constatado que havia oferta de alimentos para atrair animais silvestres no local, prática conhecida como ceva. De acordo com o coronel José Carlos Rodrigues, comandante da Polícia Militar Ambiental, "além de configurar crime ambiental, é extremamente perigosa, pois pode provocar alterações no comportamento natural dos animais".