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Maysa Polcri
Publicado em 16 de maio de 2025 às 16:09
A onça- pintada capturada após a morte do caseiro Jorge Avalo, de 60 anos, foi transferida do Centro de Reabilitação de Animais Silvestres (Cras) de Campo Grande (MS) para um mantenedor de fauna no Instituto Ampara Animal, em São Paulo. O animal foi resgatado no dia 24 de abril, no Pantanal sul-mato-grossense, com a saúde debilitada.>
O animal pesava 94 kg e deixou o Cras, na quinta-feira (15), pesando 107 kg — registrando um ganho de 13 kg num período de três semanas, devido a uma rotina de alimentação. “Nesse período que ele ficou conosco, de três semanas, diante dos exames que a gente fez quando ele chegou, demos um suporte principalmente nutricional e de hidratação, porque chegou desidratado, com baixo peso", explicou a veterinária Aline Duarte, coordenadora do Cras.>
O mantenedor de fauna para onde a onça-pintada foi levada fica no Instituto Ampara Animal, que já tem sob tutela oito onças (cinco pintadas e três pardas). O local abriga animais silvestres, especialmente aqueles que não podem ser soltos por terem sido vítimas de interferência humana ou por outras razões que os impeça de voltar à natureza, em um ambiente controlado.>
O veterinário e responsável técnico da Ampara Silvestre, Jorge Salomão, explicou que o espaço não tem qualquer tipo de visitação, com foco no bem-estar e qualidade de vida dos animais.
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“Os nossos recintos são todos muito grandes, com grotões de mata nativa, cercados. São o mais próximo possível do que o animal iria encontrar em vida livre. A gente tem recintos a partir de mil metros quadrados, até o maior de quase seis mil metros quadrados. Recebemos animais que não podem voltar para a vida livre, por diversos motivos, cada um com o seu motivo específico”.>
O caseiro Jorge Avalo, de 60 anos, foi atacado e morto por uma onça-pintada na região de mata de Touro Morto (MS), a cerca de 230 km de Campo Grande. Ele foi morto na segunda-feira (21) e seu corpo foi localizado na terça (22). >
Jorge foi atacado enquanto tentava coletar mel em um deck próximo da mata. Moradores da região relatam que o ataque foi repentino e que um homem que localizou a vítima encontrou marcas de sangue e vestígios da presença do animal.>
Os restos mortais da vítima foram encontrados seguindo as trilhas deixadas pelo animal na mata. O corpo era arrastado pela onça por mais de 50 metros quando os agentes chegaram ao local.>