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Tharsila Prates
Estadão
Publicado em 20 de fevereiro de 2025 às 23:36
Com o que chamou de Álbum da Liberdade, o rapper Oruam, preso nesta quinta-feira (20) durante uma blitz no Rio de Janeiro, festejou a sua soltura, horas depois, publicando nas redes sociais fotos sobre a sua detenção pela polícia.
Em preto e branco, as imagens mostram um protesto em que os participantes seguram cartazes pedindo "Solta o Oruam"; familiares e amigos com uma camisa em que se pode ler Liberdade, com o rosto do pai, Marcinho VP, estampado; e ainda fotos de Oruam dentro da viatura da polícia - em uma delas ele aparece exibindo o dedo do meio.
Na postagem, ele escreve ainda: "Vou responder com música. Eu não aguento mais todo mundo falando de mim. Minha mente tá uma confusão". Ao lado do texto, uma das fotos do rapper dentro da viatura.
De acordo com a 16ª Delegacia (Barra da Tijuca), o rapper foi encaminhado por policiais militares à delegacia na tarde desta quinta por fazer uma manobra com o carro conhecida como "cavalo de pau". Ainda conforme a polícia, foi arbitrada uma fiança. O valor não foi divulgado.
Um dos principais nomes do trap nacional, Oruam, nome artístico de Mauro Davi dos Santos Nepomuceno, de 23 anos, é filho de um dos líderes do Comando Vermelho, o Marcinho VP, preso desde 1996. Os dois nunca conviveram fora da prisão, de onde o líder continua a comandar a facção.
Com apenas 23 anos, Oruam é a principal voz dos hits que bombam entre a juventude atualmente, como a música ‘Oh Garota Quero Você Só Pra Mim”, e conta com mais de 13 milhões de ouvintes mensais no Spotify.
Recentemente, o rapper teve o nome associado a um projeto de lei que proíbe ao poder público a contratação de shows de artistas que façam apologia ao crime e ao uso de drogas.
A iniciativa da vereadora Amanda Vettorazzo (União Brasil) em São Paulo se espalhou pelo Brasil e, segundo a parlamentar ligada ao Movimento Brasil Livre (MBL), propostas similares foram protocoladas em mais de 80 cidades brasileiras, sendo 18 capitais.