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PF filmou momento em que pen drive é encontrado no banheiro de Jair Bolsonaro

Eduardo Bolsonaro fez uma publicação nas redes sugerindo que o item poderia ter sido plantado pela PF

  • Foto do(a) author(a) Wladmir Pinheiro
  • Foto do(a) author(a) Estadão
  • Wladmir Pinheiro

  • Estadão

Publicado em 19 de julho de 2025 às 07:45

Bolsonaro conversa com jornalistas em Brasília
Bolsonaro conversa com jornalistas em Brasília Crédito: Reprodução/ TV Globo

Os investigadores da Polícia Federal que cumpriram mandados de busca e apreensão na casa de Jair Bolsonaro usaram câmeras corporais. Os policiais queriam ter registro das imagens de toda a ação para rebater eventuais acusações de irregularidades durante a operação, segundo apuração do Jornal Estado de S.Paulo.

Em entrevista logo após colocar a tornozeleira eletrônica, ao ser questionado sobre o pen drive encontrado no banheiro de casa, Bolsonaro disse que uma agente "pediu para ir ao banheiro e voltou com o pen drive na mão".

Após ser questionado se insinuava que um agente da PF poderia ter plantado o pen drive, ele recuou: "Não estou sugerindo nada. Estou é surpreso. Vou perguntar para minha esposa se o pen drive era dela".

Eduardo Bolsonaro fez uma publicação nas redes sugerindo que o item poderia ter sido plantado pela PF.

Segundo o Jornal Estado de S.Paulo, toda a ação de busca e apreensão foi filmada por meio das câmeras corporais dos agentes.

A medida costuma ser adotada pela PF em operações consideradas mais sensíveis, que podem ser alvo de contestação dos investigados.

Bolsonaro ao lado de advogado por Antonio Augusto/STF

A avaliação dos investigadores é de que a insinuação do ex-presidente poderia ser rebatida por meio dos registros dessas imagens. Os vídeos, porém, só devem ser apresentados caso a defesa apresente alguma contestação formal.

Tornozeleira e sem redes sociais

Por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), Bolsonaro passou a usar tornozeleira eletrônica e será monitorado 24 horas por dia.

Além disso, o ex-chefe do Palácio do Planalto está proibido de acessar as redes sociais e de manter contato com o filho Eduardo Bolsonaro (PL), que se licenciou do mandato de deputado e se encontra nos EUA, onde atua em defesa de sanções contra Moraes. Bolsonaro também terá que cumprir recolhimento domiciliar noturno, das 19h às 7h, e integralmente aos fins de semana. Está vetado ainda de se comunicar com embaixadores e diplomatas estrangeiros ou de se aproximar de embaixadas.

Na decisão em que impôs as medidas restritivas, Moraes ressaltou que Bolsonaro confessou uma tentativa de extorsão ao condicionar o fim do tarifaço de Trump a uma possível anistia para si mesmo. No dia 9 de julho, o presidente americano anunciou a imposição de uma tarifa de 50% sobre todas as exportações brasileiras, com a alegação de que Bolsonaro estaria sendo vítima de uma "caça às bruxas", além de ter feito ataques à Suprema Corte brasileira.

“A conduta do réu Jair Messias Bolsonaro (...) é tão grave e despudorada que na data de hoje (17/7/2025), em entrevista coletiva, sem qualquer respeito à soberania nacional do povo brasileiro, à Constituição Federal e à independência do Poder Judiciário, expressamente, confessou sua consciente e voluntária atuação criminosa na extorsão que se pretende contra a Justiça brasileira, condicionando o fim da ‘taxação/sanção’ à sua própria anistia”, escreveu Moraes, que ainda fez questão de citar uma passagem de Machado de Assis sobre a defesa da soberania nacional.

“O imortal Machado de Assis proclamava que: ‘A soberania nacional é a coisa mais bela do mundo, com a condição de ser soberania e de ser nacional’”, anotou o ministro em seu voto, com menção a obra Crônicas Obras Completas de Machado de Assis, edição de 1957.

A decisão de Moraes foi referendada pela Primeira Turma do STF ainda na sexta-feira. O colegiado julgou o tema após pedido do ministro. A determinação dele foi embasada em publicações feitas por Bolsonaro, por seu filho Eduardo e pelo próprio Donald Trump nas redes sociais.