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Elaine Sanoli
Publicado em 14 de agosto de 2025 às 18:03
Um esquema de fraude virou alvo de uma operação da Polícia Civil do Rio de Janeiro (PCERJ), após gerar um prejuízo de R$ 114 mil à empresa Uber. Na última quarta-feira (13), Cinco endereços ligados aos investigados foram alvos de mandados de busca e apreensão nos bairros Alto da Boa Vista, Tijuca, Maracanã e Honório Gurgel, Zona Norte da capital fluminense. Dois suspeitos foram encaminhados para a especializada para prestar depoimento. Em nota, a empresa informou que detectou as fraudes pelo sistema próprio e que está colaborando de forma ativa com a polícia para a identificação dos suspeitos.>
Durante as investigações da "Operação Rota Falsa", a PCERJ identificou que os suspeitos exploravam uma vulnerabilidade no sistema de pagamentos via Pix do aplicativo. Eles utilizavam contas fraudulentas, tanto de motoristas como de passageiros, para fazer pedidos de corridas, mas acrescentavam múltiplas paradas durante o trajeto, o que fazia o valor final da viagem disparar.>
Os criminosos fraudavam o sistema de verificação da plataforma para a criação das contas falsas utilizando inteligência artificial para manipular imagens digitalmente. Eles também usavam imagens físicas, com rostos de outras pessoas impressos em folhas de papel e colocavam por cima da própria face deles, segundo as informações da PCERJ. Em um dos locais, os policiais encontraram diversas fotos utilizadas para fraudar o sistema de verificação do aplicativo.>
No final da corrida, a empresa responsável pela plataforma cobria o pagamento integral das paradas ao falso motorista, mas a quantia permanecia pendente na conta do passageiro, que não efetuava o pagamento e abandonava a conta, tornando-a inativa.>
Conforme apontado pela PCERJ, a empresa identificou mais de 2 mil corridas com indícios de fraude e 480 contas em nomes de falsos motoristas e passageiros. As investigações apontaram, ainda, que 478 foram criadas do endereço residencial de um dos investigados. A maioria das contas bancárias vinculadas no aplicativo era de uma outra integrante da quadrilha. Um dos investigados chegou a movimentar mais de R$ 730 mil em sua conta corrente.>
Durante cumprimento dos mandados, foram apreendidos celulares, computadores, fotos, um carro e uma moto. As investigações continuam para identificar e responsabilizar todos os envolvidos no esquema criminoso.>
Em nota a Uber informou que as fraudes foram detectadas pelo próprio sistema da plataforma, que realiza análises manuais, além de sistemas automatizados de aprendizado com capacidade analítica de mais de 600 tipos de sinais diferentes à procura de comportamentos fraudulentos. Com as informações, o caso foi denunciado às autoridades policiais. Veja na íntegra:>
“A Uber esclarece que os mecanismos antifraude da plataforma detectaram os casos relatados, o que fez com que a empresa realizasse a denúncia para as autoridades competentes. Desde então, a Uber vem colaborando de forma ativa com a Polícia para a identificação dos suspeitos, sempre respeitando os termos da lei.>
Nossas equipes de detecção de fraudes usam análises manuais e sistemas automatizados de aprendizado que analisam mais de 600 tipos de sinais diferentes à procura de comportamentos fraudulentos. Estamos permanentemente implementando novos processos e tecnologias para evitar fraudes e aprimorarmos o treinamento dos nossos agentes, enquanto seguimos trabalhando para ficar à frente dos golpes mais recentes.”>