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Carol Neves
Publicado em 2 de outubro de 2025 às 07:49
O inquérito que investigava a morte do policial militar Jeferson Luiz Sagaz e da empresária Ana Carolina Silva foi concluído nesta quarta-feira (1º). O casal foi encontrado sem vida em um motel de São José, na Grande Florianópolis, no dia 11 de agosto. Segundo a Polícia Civil, a causa foi uma soma de fatores: uso de cocaína e álcool aliado à exposição a altas temperaturas na banheira e no ambiente. >
De acordo com o delegado Felipe Simão, responsável pelo caso, a água da banheira chegou a 50 °C, e o sistema de aquecimento do quarto também estava ligado em temperatura elevada. "Essas circunstâncias, associadas ali às substâncias encontradas, como a doutora mencionou, fizeram a conclusão de que a causa da morte seria uma morte súbita", explicou, segundo o portal G1.>
Casal foi achado morto em banheira de motel
A perícia científica produziu mais de 16 laudos até chegar ao resultado final. Foram analisados o local, os corpos e objetos do quarto. A perita-geral Andressa Boer Fronza afirmou que tanto o álcool quanto a cocaína, isoladamente, já representariam risco à vida. A soma dos elementos, porém, ampliou a gravidade do quadro.>
"A causa de ambas as mortes foi a mesma. Foi intoxicação exógena, favorecendo o processo de intermação (hipertermia induzida pelo calor), com desidratação intensa, colapso térmico, dentre outros, culminando com a falência orgânica e a morte. Ou seja, esse óbito ocorreu por condições multifatoriais", destacou Andressa.>
Desde o início da apuração, a principal linha de investigação já indicava acidente. Com a conclusão do inquérito, a possibilidade de envolvimento de terceiros foi descartada.>
Antes do ocorrido, Jeferson e Ana haviam passado o dia no aniversário da filha de 4 anos em um food park da região, onde consumiram bebidas alcoólicas. Mais tarde, foram até uma casa noturna, mas não chegaram a entrar. A criança ficou com uma familiar, e o casal seguiu para o motel por volta da meia-noite.>
Jeferson trabalhava na Academia de Polícia Militar da Trindade (APMT), em Florianópolis, e Ana era proprietária de uma esmalteria. Eles estavam juntos havia quase 20 anos e não tinham histórico de violência no relacionamento.>