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Prisão de Collor após ordem de Moraes aumenta temor de aliados de Bolsonaro

Ex-presidente foi preso por condenação por esquema de corrupção

  • Foto do(a) author(a) Carol Neves
  • Carol Neves

Publicado em 25 de abril de 2025 às 10:24

Fernando Collor e Jair Bolsonaro
Fernando Collor e Jair Bolsonaro Crédito: Alan Santos / Presidência da República/Divulgação

A prisão imediata de Fernando Collor, determinada pelo ministro Alexandre de Moraes na última quinta-feira (24), gerou um clima de apreensão entre aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro. A decisão do STF, que rejeitou os últimos recursos apresentados por Collor, reforçou o receio de que o ministro tenha intenção de acelerar os desfechos das investigações sobre o golpe e adotar uma postura mais rígida contra recursos tidos como protelatórios. A informação foi divulgada pela colunista Malu Gaspar, de O Globo. 

Em 2023, Collor havia sido condenado a oito anos e 10 meses de prisão, após ser considerado envolvido em um esquema de corrupção relacionado à BR Distribuidora, dentro da Operação Lava-Jato. O ponto crucial foi a decisão monocrática de Moraes, que determinou o cumprimento imediato da pena, após o plenário do STF ter negado os primeiros embargos de declaração em novembro do ano anterior.

Agora, a decisão será avaliada pelos ministros do STF em uma sessão extraordinária marcada para sexta-feira (25), podendo ser referendada por meio de uma votação virtual. Moraes explicou que a rejeição dos recursos se deve ao caráter protelatório dos mesmos, destacando a competência do relator para determinar a execução da pena sem mais adiamentos.

A estratégia de defesa de Bolsonaro, que considera fundamentais esses recursos, se vê agora no epicentro de uma possível aceleração das investigações contra ele. Aliados do ex-presidente temem que, no caso de uma condenação ligada à tentativa de golpismo, o mesmo procedimento de Moraes seja aplicado. Isso poderia resultar em uma prisão mais rápida, com base no critério de que recursos posteriores não sejam mais aceitos.

Collor foi condenado por receber R$ 20 milhões para intermediar contratos ilegais da BR Distribuidora com a UTC Engenharia, e, mesmo após os primeiros recursos, não conseguiu reverter a decisão. A expectativa é de que a estratégia de Moraes de agilizar o processo se estenda a outros casos de figuras políticas envolvidas em investigações semelhantes.