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Monique Lobo
Publicado em 12 de agosto de 2025 às 18:23
O diretor estatutário do grupo Fast Shop, Mario Otávio Gomes, é um dos quatro presos na operação do Ministério Público de São Paulo (MP-SP), realizada nesta terça-feira (12), para desarticular um esquema de corrupção envolvendo auditores-fiscais tributários da Secretaria da Fazenda e Planejamento do Estado de São Paulo. >
De acordo com informações do Grupo de Atuação Especial de Repressão aos Delitos Econômicos (Gedec), o esquema, que começou em maio de 2021, fraudava o ressarcimento de créditos do ICMS e favoreceu empresas como a Fast Shop e a Ultrafarma. Sidney Oliveira, fundador da Ultrafarma também está entre os presos. >
Mario Otávio Gomes atuava na função de diretor estatutário há mais de uma década na Fast Shop. Mas, já estava a cerca de 30 anos na empresa. De acordo com as investigações, ele era o principal responsável por negociar um contrato com a empresa Smart Tecs para, supostamente, prestar serviços tributários. As informações apontam que a empresa contratada recebeu mais de R$ 1 bilhão em transações com a Fast Shop. >
Ainda segundo a apuração do Ministério Público, esse contrato era o meio por onde era paga a propina ao auditor da Receita Estadual de São Paulo, Artur Gomes da Silva Neto, que também foi preso. >
Foram encontradas mais de 200 mensagens entre Mario Otávio e Arthur no mesmo período da transação bilionária. Além disso, a Smart Tecs estaria em nome da mãe de Arthur e seria uma empresa de fachada. >
O diretor estatutário da Fast Shop também é apontado como um dos líderes do esquema e pode responder por corrupção ativa e passiva, além de organização criminosa e lavagem de dinheiro. >