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Maysa Polcri
Publicado em 25 de maio de 2025 às 12:40
O médico Samir Xaud, de 41 anos, foi confirmado neste domingo (25) como novo presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). O dirigente da Federação de Futebol de Roraima foi candidato único, substituindo Ednaldo Rodrigues, que foi afastado pela Justiça do Rio neste mês. >
Samir Xaud recebeu 103 dos 141 votos. O novo presidente comandará a CBF até 2029. Xaud contou com grande apoio: 25 das 27 federações estaduais declararam voto nele, além de clubes como Palmeiras, Vasco e Grêmio. Sua eleição também ficou marcada pelo boicote de 21 dos 40 clubes das Séries A e B, que não participaram da votação em protesto contra a atual governança da entidade. >
"Hoje iniciamos uma nova fase na Confederação Brasileira de Futebol. Nossa gestão, e faço questão de usar o plural, será marcada pela renovação das ideias e pela agregação de todos aqueles dispostos a contribuir efetivamente para o desenvolvimento pleno do nosso esporte", disse Xaud, em seu primeiro discurso como mandatário.>
Em sua campanha, Xaud prometeu fortalecer o futebol feminino, investir nas categorias de base do Norte e Nordeste e revisar o estatuto da CBF para torná-la, segundo ele, “mais transparente e democrática”. >
Oito vice-presidentes também foram eleitos: Ednailson Leite Rozenha, Fernando José Macieira Sarney, Flávio Diz Zveiter, Gustavo Dias Henrique, José Vanildo da Silva, Michelle Ramalho Cardoso, Ricardo Augusto Lobo Gluck Paul e Rubens Renato Angelotti.>
Os clubes da série A que estiveram presentes na votação foram: Atlético Mineiro, Bahia, Botafogo, Ceará, Cruzeiro, Grêmio, Palmeiras, Santos, Vasco e Vitória. Os da série B foram: Amazonas, Athletic, Avaí, CRB, Criciúma, Operário, Paysandu, Remo, Vila Nova e Volta Redonda. Santos e Operário disseram que não compareceriam, mas furaram o boicote. >
Bragantino e Ferroviária disseram que viriam e não compareceram. A representação da Federação Paulista também não participou da votação. >
Ednaldo Rodrigues foi afastado da presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) em maio deste ano. A decisão da Justiça do Rio de Janeiro foi motivada por uma suposta falsificação da assinatura do Coronel Nunes, um dos vice-presidentes da entidade, em um documento que reforçava o poder de Ednaldo Rodrigues dentro da CBF. >
O documento, homologado em fevereiro, encerrou a ação que questionava o processo da eleição de Ednaldo para o comando da confederação. Se comprovada a falsificação da assinatura, a eleição de Ednaldo se tornaria inválida.>
A decisão foi publicada nesta quinta-feira (15) pela 19ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ). O responsável é o desembargador Gabriel De Oliveira Zefiro, presidente da comissão, que atendeu o pedido do vice-presidente, Fernando Sarney.>