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Vigilante morto em shopping após briga morou na Bahia e tinha planos de estabilidade: 'Pessoa tranquila'

Atirador que foi filmado matando o trabalhador ainda está foragido

  • Foto do(a) author(a) Carol Neves
  • Carol Neves

Publicado em 2 de dezembro de 2025 às 13:02

Waldecir José de Lima Júnior matou vigilante
Waldecir José de Lima Júnior matou vigilante Crédito: Reprodução

O vigia Dhemis Augusto Santos, de 35 anos, morto a tiros dentro de um shopping em Palmas (TO), havia deixado Sergipe e passado pela Bahia antes de chegar ao Tocantins em busca de trabalho, há cerca de um ano. Segundo Edmilson dos Santos, responsável pela empresa terceirizada que presta serviço ao centro comercial, Dhemis estava reconstruindo a vida na capital. Entre os planos estavam tirar a carteira de motorista, comprar um carro e consolidar a estabilidade financeira pela qual vinha lutando.

Edmilson relatou que, ao chegar a Palmas, Dhemis passou quatro dias dormindo no escritório da empresa até encontrar um local para morar. “Ele me transmitiu uma confiança, uma paz. Ele não tinha onde ficar e a gente deixou ele no escritório. Aí nós conseguimos um local para ele ficar. Alugamos uma kitnet, pagamos aluguel, água, luz, ele começou a se estabilizar pelo esforço, pela coragem. Ele comprou seus móveis e a gente ajudou, demos uma geladeira e ele foi comprando seus móveis. Uma pessoa bem tranquila, não era violenta, era educada, tratava todo mundo bem”, afirmou, em entrevista ao portal G1.

Waldecir José de Lima Júnior matou vigilante por Reprodução

O crime, contudo, interrompeu esses planos. A Polícia Civil investiga o caso por meio da 1ª Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (1ª DHPP). A discussão que antecedeu os disparos teve início no estacionamento do shopping, após o vigia advertir o motorista de uma Range Rover Evoque por causa de uma parada irregular.

Imagens do circuito interno do estabelecimento registraram toda a sequência: a troca de palavras, o momento em que o motorista saca uma arma da cintura, aponta para o rosto de Dhemis e, em seguida, dispara na barriga da vítima. Mesmo após o tiro, as imagens mostram que ele continua fazendo ameaças. Dhemis ainda foi levado ao Hospital Geral de Palmas (HGP), mas não resistiu.

Suspeito está foragido

O suspeito é Waldecir José de Lima Júnior, de 40 anos. Após o ataque, o veículo dele foi encontrado na casa onde mora, na região central da capital. Policiais perceberam, por frestas do portão, o carro coberto com uma lona. A equipe entrou no imóvel, que tinha uma janela aberta e luz acesa, mas o local estava vazio. Munições foram apreendidas.

A Justiça decretou a prisão preventiva de Waldecir, e a Polícia Civil divulgou um cartaz de procurado nesta segunda-feira (1º). Segundo a TV Anhanguera, o suspeito possui registro de Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador (CAC). Esse tipo de registro não autoriza porte de arma em via pública, apenas o transporte para treinos e competições, e o porte depende de autorização específica da Polícia Federal.

Ele também já respondeu a um processo por porte ilegal de arma. Em 2013, foi flagrado armado em uma churrascaria e chegou a afirmar ser policial civil para tentar evitar a revista, segundo o processo. Após ser absolvido em primeira instância e condenado na segunda, recebeu pena de dois anos de reclusão em regime aberto, convertida em 729 horas de serviços comunitários.

Procurado, o advogado de Waldecir, Zenil Drumond, disse à TV Anhanguera que o cliente deve se apresentar às autoridades, mas ainda não há data definida. “Neste momento ele não se sente seguro para se apresentar devido à grande repercussão, ao grande clamor social e que no momento adequado ele será apresentado”, afirmou.

Drumond também declarou que o cliente fazia uso de medicamento controlado. “Ele infelizmente cometeu uma fatalidade, está muito arrependido da forma com que aconteceu e vamos resguardar ele do contraditório, da ampla defesa, do devido processo legal, para que sejam estabelecidos os fatos. Ele teve uma crise, ele toma uma medicação, estava em surto”, disse o advogado.

Tags:

Crime Tocantins