Cadastre-se e receba grátis as principais notícias do Correio.
Larissa Almeida
Publicado em 11 de julho de 2025 às 06:00
Quem está pensando em comprar um carro pode ter a chance de tirar o plano do papel. É que, na última quinta-feira (10), o governo federal anunciou uma medida que vai baratear o preço dos veículos: a isenção total do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para os chamados carros populares. Isso pode gerar uma redução de até 7% no preço final desses modelos, que são os mais procurados por quem busca economia. >
A medida faz parte do programa Mobilidade Verde e Inovação (Mover), que tem como foco estimular a produção e o consumo de veículos menos poluentes e mais eficientes. Na prática, serão beneficiados os modelos com menor emissão de gases, que seguem padrões de eficiência energética e sustentabilidade. Para tanto, não é preciso ser carro elétrico ou híbrido – basta atender aos critérios técnicos definidos pelo programa. >
Para além do preço, o consultor do mercado automobilístico Milad Kalume Neto, alerta que a necessidade de análise criteriosa que a escolha de um carro exige. Antes de sair da concessionária de chave na mão, é fundamental considerar uma dúvida bastante comum: vale mais a pena comprar um carro novo ou um seminovo? >
Ele aponta que o carro novo traz a vantagem de certeza da origem, garantia, custo do capital para financiamentos menores (taxa de juros menores), peças de reposição garantidas e treinamento qualificado de pessoal preparado para fazer a manutenção do veículo. Por outro lado, sofre uma desvalorização imediata: só de sair da loja, pode perder até 10% do valor. >
Já o seminovo, em bom estado e com baixa quilometragem, pode oferecer possibilidade de múltipla escolha dentro de um mesmo valor, possibilidade de migrar para um ano modelo inferior para ter um veículo mais equipado ou para um ano modelo superior para um veículo menos rodado. No entanto, é preciso ficar atento ao histórico de uso e aos possíveis reparos iniciais, que podem surgir logo após a compra. >
No momento, ele aponta qual vale mais a pena comprar. “Pelo preço muito superior de um veículo novo, sabendo comprar um veículo novo, minha recomendação seria pelo seminovo”, declara. >
Milad Kalume também elenca alguns cuidados que ajudam a evitar dores de cabeça e devem ser considerados na hora de comprar um carro. Confira abaixo: >
1. Defina o quanto pode gastar >
O primeiro passo é colocar o orçamento na ponta do lápis. Saber exatamente quanto você pode investir ajuda a evitar decisões impulsivas. Caso dependa de financiamento, é essencial verificar se você tem condições de crédito e conhecer bem as taxas e prazos oferecidos pelas instituições financeiras. >
2. Selecione modelos de acordo com o seu dia a dia >
Com o orçamento definido, avalie quais tipos de carro atendem melhor à sua rotina. Carrocerias menores podem ser ideais para uso urbano, enquanto modelos maiores atendem melhor quem viaja com frequência ou transporta mais pessoas. Considere também os equipamentos indispensáveis: ar-condicionado, direção elétrica, conectividade, entre outros. >
3. Pesquise >
Depois de uma triagem inicial, selecione de três a quatro modelos que se encaixem no seu perfil e vá avaliá-los presencialmente. Teste os carros, verifique o conforto, o estado de conservação e veja se as condições reais batem com o que foi anunciado. >
4. Dê atenção ao histórico do veículo >
Principalmente no caso dos seminovos, procure por carros com baixa quilometragem e que tenham histórico conhecido. Um laudo cautelar pode ajudar a detectar problemas estruturais, batidas ou fraudes. Veículos com alta quilometragem exigem maior manutenção – então, prefira aqueles com revisões em dia e algum cuidado aparente por parte do antigo dono. >
5. Compare preços >
Não se apaixone pelo primeiro modelo que encontrar. Deixe pelo menos dois ou três carros pré-selecionados, de diferentes estabelecimentos, e compare valores, condições de pagamento, garantias e estado geral. Uma boa negociação pode garantir um excelente negócio – mas comprar por impulso quase sempre custa mais caro depois. >