Líder no Brasil, T-Cross muda, mas precisa vender mais na Bahia

Volkswagen agregou tecnologias ao SUV e manteve preços e mecânica

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  • Antônio Meira Jr.

Publicado em 26 de maio de 2024 às 12:00

Lançado há cinco anos, o Volkswagen T-Cross já teve mais de 320 unidades comercializadas
Lançado há cinco anos, o Volkswagen T-Cross já teve mais de 320 unidades comercializadas Crédito: Divulgação

O plano de investimentos de R$ 16 bilhões da Volkswagen até 2028 contempla 16 veículos e o primeiro deles surgiu nesta semana. Não é um produto novo, e sim a atualização do T-Cross. Entre as novidades, todas as versões passam a utilizar faróis Full LED, além de lanternas traseiras também em LED. Por dentro, o sistema multimídia VW Play está disponível em todas as configurações, agora com tela semi flutuante.

A central multimídia foi redesenhada e agora tem estilo semi flutuante
A central multimídia foi redesenhada e agora tem estilo semi flutuante Crédito: Divulgação

Em relação à segurança, o pacote de auxílio à condução agregou assistente de mudança de faixa, detector de ponto cego e assistente traseiro de saída de vaga. Inicialmente, foram apresentadas três versões: 200 TSI (R$ 142.990), Comfortline 200 TSI (R$ 160.990) e Highline 250 TSI (R$ 175.990). A versão Sense, que era a mais acessível, será lançada posteriormente.

Em relação aos motores, nada muda: 1 litro turbo de 20,4 kgfm e até 128 cv nas duas primeiras versões, e o 1.4 litro turbo de 25,5 kgfm e até 150 cv na topo de linha. O câmbio é sempre automático de seis marchas.

Produzido no Paraná, o SUV é exportado para 17 países da América Latina
Produzido no Paraná, o SUV é exportado para 17 países da América Latina Crédito: Divulgação

MERCADO DE SUVS NA BAHIA

No mercado nacional, a liderança entre os SUVs é do T-Cross. Entre janeiro e abril foram 19.082 unidades emplacadas, deixando o Hyundai Creta (18.935) em segundo lugar e o Chevrolet Tracker (18.335) em terceiro. No entanto, na Bahia o desempenho do Volkswagen não foi bom.

Por aqui, foi ultrapassado pelo Hyundai Creta (993), Chevrolet Tracker (761), Toyota Corolla Cross (710), Nissan Kicks (707), Fiat Pulse (600), Fiat Fastback (577), Jeep Compass (526), Caoa Chery Tiggo 5X (505) e Jeep Renegade (483). Foram apenas 424 unidades do T-Cross no estado, ou seja, a VW precisa trabalhar melhor no estado.

A FÚRIA PORTUGUESA

Adamastor, um nome improvável, batiza uma marca de veículos de Portugal. Criada em 2019, a empresa apresentou nesta semana seu primeiro supercarro, o Furia. Com 4,56 metros de comprimento e apenas 1,09 m de altura, o esportivo utiliza um chassi em fibra de carbono, o que explica seu baixo peso: 1.100 kg.

Produzido artesanalmente próximo à cidade do Porto, o Furia utiliza um motor V6 da Ford. Com 3.5 litros, esse propulsor entrega 650 cv de potência e 58,2 kgfm de torque. Ele é associado a uma transmissão, desenvolvida pela Hewland, a LWS-200. É um câmbio feito para carros de corrida e tem trocas sequenciais feitas diretamente no volante.

A Adamastor é um fabricante esportivo de baixo volume e o Furia será limitado em apenas 60 unidades, com uma produção máxima de 25 por ano. E é caro: 1,6 milhão de euros, equivalente a R$ 8,9 milhões.

Primeiro supercarro português, o Furia acelera de 0 a 100 km/h em 3,5 segundos
Primeiro supercarro português, o Furia acelera de 0 a 100 km/h em 3,5 segundos Crédito: Divulgação

VERSA GANHA NOVA OPÇÃO

Há alguns anos os sedãs imperavam, diversas marcas ofereciam muitas opções em seus portfólios. Atualmente, as opções encolheram. A Nissan é uma das poucas que conta com dois em seu catálogo: Sentra e Versa, que chegou à linha 2025. A novidade é a configuração SR, que é intermediária e tem visual esportivo.

Nela, a Nissan cobra R$ 123.990 e incluiu mais equipamentos do que a versão de entrada Sense (R$ 110.590), porém fica abaixo da configuração topo de linha Exclusive (R$ 132.990), apesar de apresentar novidades no design. Externamente, possui retrovisores externos pretos com indicador de direção, grade frontal preta, rodas de liga leve aro 16 e aerofólio na tampa do porta-malas.

Do lado de dentro, tem costura dupla em laranja, acabamento em black piano no painel e detalhes em alumínio no console central, volante e portas, e elementos com aparência de fibra de carbono. As três versões usam o motor 1.6 litro aspirado, que entrega 113 cv, acoplado com câmbio automático do tipo CVT.

Na versão SR, o Sentra custa R$ 123.990, R$ 9 mil a menos que a Exclusive
Na versão SR, o Sentra custa R$ 123.990, R$ 9 mil a menos que a Exclusive Crédito: Divulgação

EXPORTAÇÕES DA TOYOTA

A Toyota do Brasil está celebrando um feito significativo: a exportação de 700 mil veículos. O primeiro capítulo dessa história remonta aos anos 1970, com o Bandeirante nacional. Mas as exportações ganharam força a partir de 2012, impulsionadas pela produção de novos modelos na planta de Sorocaba.

Atualmente, a Toyota lidera as exportações no mercado automotivo brasileiro, tendo enviado ano passado 82.419 veículos, o equivalente a 40% de sua produção, para 22 países da América Latina e do Caribe. O Corolla Cross foi o modelo mais exportado do país no ano passado, com 31.700 unidades.

INVESTIMENTO DA STELLANTIS

Depois de ter anunciando de forma geral que iria investir R$ 30 bilhões no país, a Stellantis começou a desmembrar os aportes. A fábrica pernambucana que produz Fiat, Jeep e Ram vai receber R$ 13 bilhões. A unidade da Fiat em Betim, MG, que fabrica veículos e motores, irá receber R$ 14 bilhões.