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Flavia Azevedo
Publicado em 11 de junho de 2025 às 08:42
A gente já imaginava, mas agora é fato: a internet tá cobrando um preço alto da geração que nasceu sob seu domínio. Um estudo recente da British Standards Institution (BSI) trouxe um dado surpreendente: sete em cada dez dos jovens entre 16 e 21 anos dizem que se sentem mal quando passam um tempo online. Claro, esse é um paradoxo para a geração que vive imersa em conectividade. Mas, sim, é oficial: eles querem se desconectar. >
A pesquisa do BSI ainda revela que 46% dos entrevistados, na contramão da corrida tecnológica, prefeririam ter nascido em um mundo sem internet. Esse mesmo desejo aparece em outros levantamentos britânicos, que mostram que quase metade dos jovens compartilha dessa “saudade do que não vivemos”. O quadro fica mais completo com os dados do instituto americano Harris Polls, indicando que muitos desses jovens gostariam que plataformas como TikTok, Instagram ou o X (antigo Twitter) nunca tivessem sido inventadas. >
O incômodo se materializa em uma tendência global que ganha força: os “Clubes Offline” . Na Holanda, por exemplo, um trio de visionários criou o Offline Club com uma missão clara: romper com as redes sociais. Nesses encontros, a regra é simples: smartphones e laptops ficam de fora . A intenção, segundo os fundadores, é "trazer de volta a humanidade a uma sociedade que atualmente está isolada e inserida nas telas".>
A proposta é um retorno às interações mais básicas. Os participantes são incentivados a se engajar em atividades como leitura, jogos de tabuleiro, trabalhos manuais, ou simplesmente o relaxamento sem a interrupção de notificações. Ou seja, eles criaram um oásis analógico no meio do deserto digital.>
Agora, claro: o The Offline Club, que prega o desapego digital, tem mais de 530 mil seguidores no Instagram . Contradição? Talvez, Ou, quem sabe, estão aprendendo a colocar cada coisa em seu devido lugar. O conceito, que nasceu em Amsterdã, já chegou a Londres, Paris, Milão e Copenhague.>
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