Mergulhado numa onda de violência, o Lobato vive mais uma tensão: traficantes da localidade das "Pedreiras" e os do "Gueto", ramificações do CV, ameaçam explodir a 14ª CIPM, que atua no bairro. Apavorados, os moradores disseram à coluna que o motivo seria as ações da PM. É sabido que o CV é uma das facções mais violentas do país e, ao chegar à Bahia, em 2020, mexeu com o cenário do tráfico, atacando os oponentes e a própria polícia com fuzis e granadas.

Os criminosos prometem ainda lutar para retomar o "Fundão do Lobato", controlado pelo Bonde do Maluco atualmente. Nos últimos meses, os embates dessas facções colocaram a população no fogo cruzado, como foi o caso de uma mulher, que foi baleada de raspão quando voltava da igreja no dia 24. Desde o início do ano, cinco pessoas foram mortas no bairro. A coluna pediu um posicionamento à PM, mas até agora nada. Enquanto isso, o tráfico não tem limites e faz o que quer.

O governo do estado tem até o 25 de abril para se posicionar quanto à proposta de reestruturação das polícias Civil e Técnica, aprovada no último dia 25. A categoria quer, até 2027, sair do 26° pior salário para os cinco melhores do país. Após a assembleia geral, o documento foi encaminhado ao secretário de Secretaria de Segurança Pública (SSPBA), Marcelo Werner.

Participaram do encontro o Sindicato dos Policiais Civis do Estado da Bahia (Sindpoc), Associação dos Delegados de Polícia (Adpeb), Sindicato dos Peritos em Papiloscopia (Sindpep), Sindicato dos Escrivães (Aepeb-Sindicato), Associação dos Investigadores (Assipoc), Sindicato dos Peritos Médicos e Odonto-legais (Sindmoba) e o Sindicato dos Peritos Criminais (Asbac). "Caso não haja resposta, faremos atos públicos de valorização da categoria", disse Estácio Lopes, presidente do Sindpoc.

Olha só pra isso! O Comando Vermelho promoveu um festão, regado a bebidas e drogas para a inaugurar um depósito de bebidas no bairro de Tancredo Neves. O paredão começou na noite do dia 24, no Buracão, e só acabou no dia seguinte, para a infelicidade dos moradores, que nada puderam fazer diante de vários homens com fuzis. Quem vive lá já pensa em sair, porque a balbúrdia vai continuar, afinal, o dono do estabelecimento é o líder do tráfico.