Lula cobra publicamente Alckmin, Rui Costa e Haddad: 'tem que conversar mais'

Presidente afirmou que Alckmin precisa ser mais 'ágil' e Rui Costa e Wellington Dias conversarem mais com bancadas

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Publicado em 22 de abril de 2024 às 16:05

05.06.2023 - Presidente da República, Luís Inácio Lula da Silva, assina a MP dos carros populares.Palácio do Planalto - Brasília DF.Foto: Ricardo Stuckert/PR
Fernando Haddad (Fazenda), Lula, Alckmin (vice-presidente) e Rui Costa (Casa Civil) Crédito: Ricardo Stuckert/PR

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) cobrou publicamente, nesta segunda-feira (22), que o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e os ministros da Casa Civil e da Fazenda, Rui Costa e Fernando Haddad, ambos do PT, conversem mais para ajudar na articulação política com o Congresso Nacional.

“O Alckmin tem que ser mais ágil, tem que conversar mais. O Haddad, ao invés de ler um livro, tem que perder algumas horas conversando no Senado e na Câmara. O Wellington (Dias, ministro do Desenvolvimento e Assistência Social), o Rui Costa (ministro da Casa Civil), passar maior parte do tempo conversando com bancada A, com bancada B. É difícil, mas a gente não pode reclamar porque a política é exatamente assim. Ou você faz assim ou não entra na política”, declarou.

As declarações do presidente foram dadas durante cerimônia no Palácio do Planalto para o lançamento de programa de concessão de crédito a empresários e pessoas inscritas no CadÚnico, base de dados do governo federal para o pagamento de programas sociais.

Lula reclamou das avaliações que o empresariado faz de seu governo. “Empresário tem uma dificuldade para falar bem de governo. Você não tem noção. Você faz uma reunião com os empresários aqui, pode atender 99% da pauta que eles entregarem. Quando eles saírem e a imprensa perguntar ‘e aí, tudo bem’? (Vão responder:) ‘Ainda não é suficiente’”, disse Lula.

O petista disse que isso acontece também com trabalhadores. Seu governo está pressionado por funcionários públicos que estão pedindo aumentos salariais. “Os trabalhadores apresentam uma pauta de reivindicação. 90 itens, a gente atende 89. Quando começam a falar não falam pelos 89 que a gente atendeu, falam pelo 1 que a gente não atendeu”, declarou o presidente.