Mercedes Classe E retorna conectado e com eixo traseiro esterçante

Sedã de luxo agora tem propulsão híbrida-leve e navegação com realidade aumentada. Custa R$ 639.900

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  • Antônio Meira Jr.

Publicado em 16 de fevereiro de 2024 às 13:00

Em nova geração, o sedã da Mercedes-Benz continua ostentando a estrela no capô
Em nova geração, o sedã da Mercedes-Benz continua ostentando a estrela no capô Crédito: Divulgação

Nos últimos meses, a Mercedes-Benz tem renovado seu portfólio com o objetivo de ampliar a eletrificação e a sofisticação dos produtos. Desde que fechou sua fábrica em Iracemápolis (SP), onde produzia o Classe C e o GLA, o foco no país mudou, com a ampliação das vendas dos esportivos da linha AMG e lançamento de modelos completamente elétricos. No entanto, são carros mais caros, o que reflete em um volume de emplacamentos menor.

A novidade do momento é o Classe E, que chega ao país como o primeiro modelo conectado da marca. Ou seja, o veículo tem internet a bordo, o que permite com que o usuário realize comandos remotos, por meio de um aplicativo para smartphone, por exemplo. No entanto, não é pioneiro no segmento. Entre os fabricantes do mercado premium, a Volvo oferece um serviço similar há uma década no mercado nacional.

Por aqui, o Classe E tem no momento apenas um rival direto, o BMW Série 5. Inclusive, está próximo da mudança de ciclo, com lançamento da atualização prevista para as próximas semanas. Isso deixa o sedã da Mercedes em vantagem. Inicialmente, ele é importado da Alemanha apenas na versão E300 Exclusive, tabelado por R$ 639.900.

Refinada, a cabine do Classe E ficou muito mais tecnológica
Refinada, a cabine do Classe E ficou muito mais tecnológica Crédito: Divulgação

O modelo é equipado com motor 2 litros turbo de quatro cilindros em linha assistido por um sistema híbrido-leve. Ou seja, o motor é associado a uma unidade elétrica de 48 volts. Dessa forma, na versão E300, o novo Classe E entrega 258 cv de potência e 40,8 kgfm de torque vindos do propulsor a combustão - mais 23 cv são gerados pelo elétrico, que pode entregar até 20 kgfm de torque extra em determinadas situações de aceleração.

Com tração traseira e transmissão automática de nove velocidades, o Classe E acelera de 0 a 100 km/h em 6,3 segundos e alcança a velocidade máxima limitada a 250 km/h.

TECNOLOGIAS

O novo Classe E desembarca no país lotado de tecnologias. A cabine vem com três telas, que formam o MBUX Superscreen - a terceira geração do sistema multimídia da Mercedes-Benz. Na frente do volante, uma tela de 12,3 polegadas retangular abriga todos os comandos do quadro de instrumentos. Ao lado, outra tela - dessa vez com 14,4 polegadas - reúne todas as funções do sistema de entretenimento.

Existem três opções de cor para o acabamento interno
Existem três opções de cor para o acabamento interno Crédito: Divulgação

Para finalizar, uma terceira tela de 12,3 polegadas que fica à frente do banco do passageiro. Ela permite que quem viaja ao lado do motorista usufrua de recursos, como vídeos, que não são permitidos para o condutor. Ou seja, foi desenvolvida para que o condutor não possa visualizá-la, permitindo que o passageiro assista TV ou streaming sem distrair quem guia o carro.

O sedã de luxo ainda inclui câmera interna para produção de fotos e vídeos, revestimento interno de couro, sistema de som Burmester com 17 alto-falantes e 730 watts de potência, sistema de suspensão a ar e eixo traseiro com esterçamento de até 4,5 graus. O sistema de navegação por satélite tem informações de tráfego online e, para facilitar a vida do motorista, conta com realidade aumentada e head-up display.

EXPERIÊNCIA

O Classe E é um dos modelos clássicos da empresa sediada em Stuttgart, na Alemanha. As novas tecnologias facilitam a interatividade com o veículo e auxiliam na condução. O esterçamento do eixo traseiro em até 4,5 graus pode parecer pouco, mas reflete na redução do diâmetro de giro em até 90 centímetros.

Com 4,93 metros de comprimento, o Classe E leva 540 litros no bagageiro
Com 4,93 metros de comprimento, o Classe E leva 540 litros no bagageiro Crédito: Divugação

A direção elétrica é bem calibrada, precisa. A suspensão é macia, mas isso não deixa o carro mole demais. O condutor tem sempre a percepção que o veículo está pronto para atender seus comandos, sem letargia nas respostas.

E além do visual, que vai desde a estrela no capô até as várias telas da cabine, a experiência sonora também conquista. Enquanto os sistemas de som estéreo convencionais geralmente possuem uma dinâmica esquerda-direita, o Dolby Atmos aplicado no Classe E pode usar todo o espaço e criar uma experiência de 360 graus.

O JORNALISTA VIAJOU PARA SÃO PAULO A CONVITE DA MERCEDES-BENZ