Cadastre-se e receba grátis as principais notícias do Correio.
Larissa Almeida
Publicado em 17 de julho de 2025 às 06:00
Estabilidade, boa remuneração e possibilidade de progressão. Esses são as principais razões que levam pessoas em diferentes fases da vida a se tornarem concurseiras. O termo, que é utilizado para definir quem costuma se dedicar diariamente aos estudos para concorrer a um cargo público, também se estende aos profissionais que auxiliam outras pessoas a conquistarem o mesmo feito. É o caso do professor Alan Vinícius, que ajuda estudantes a darem o primeiro passo nesse ramo – e garante que não há bicho de sete cabeças. >
Criador do método AV4.4, Alan afirma que há quatros pilares básicos que norteiam a aprovação em qualquer concurso, independentemente da área ou carreira. Tudo começa pelo planejamento do estudo, que só pode ser feito depois da definição de qual área seguir – ou seja, é altamente desaconselhado pular de carreira a cada edital. >
“Depois dessa etapa, é preciso definir a rotina de estudos. Em relação à organização, é fundamental que o interessado estude de forma técnica. Precisa existir um cronograma prévio, que deve constar a disciplina, os temas a serem estudados, os subtemas, o tipo de estudo (resolução de questões ou revisões) e o tempo”, diz. >
Ele recomenda que o concurseiro tenha acesso a um especialista, isto é, um mentor ou professor que possa ensinar técnicas de estudo e atalhos, como a forma como a banca cobra determinadas temáticas. Outro passo essencial para quem está começando é fortalecer a inteligência emocional. >
“É fundamental que exista a constituição do que chamamos de ‘mindset counseling’, que nada mais é do que a programação mental que precisa estar desenvolvida para prestar uma jornada. O estudo para concurso é muito solitário. Então, se o candidato não estiver focado e não tiver os comportamentos emocionais adequados, como controle de ansiedade, isso pode gerar procrastinação, ansiedade acentuada e, consequentemente, uma insegurança que pode culminar na vontade de desistir do concurso público”, pontua. >
Outra forma de iniciar os estudos é indicado por Fábio Conceição, gerente da Casa dos Concursos, que destaca a importância das disciplinas básicas antes de avançar nos assuntos específicos. “É recomendado focar nas matérias básicas, como português e raciocínio lógico. Colocando os pés no chão e dando o primeiro passo, o resto fica mais fácil”, assegura. >
O concurseiro Danilo Dias das Neves, 26 anos, compartilha nas redes sociais (@vlognilo) a rotina de estudos que assumiu desde que tomou a decisão de tentar um cargo público. Morador de Itabuna, no sul da Bahia, ele tem focado no concurso da Petrobras e no CNU, e afirma que o primeiro passo para começar é o planejamento. >
“Tenho uma rotina bem estruturada, com cronogramas semanais. Dou bastante foco à resolução de questões, que é uma das estratégias que mais funciona para mim. Estudo em média de quatro a cinco horas por dia e costumo compartilhar essa rotina nas minhas redes sociais para incentivar outras pessoas que também estão nessa jornada”, ressalta. >
Para os seguidores e para quem está iniciando, a dica dele é a mesma. “Comece a estudar antes do edital ser publicado, isso faz muita diferença. Tenha paciência, porque a aprovação geralmente não vem da noite para o dia, mas o esforço vale a pena. Persistência é fundamental nesse caminho”, garante. >