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Agência Correio
Publicado em 3 de outubro de 2025 às 08:55
A construção civil começa a adotar uma alternativa inovadora para o assentamento de blocos: a argamassa polimérica. A massa pronta, que dispensa cimento e água, promete cortar custos, acelerar prazos e ainda reduzir o impacto ambiental. >
Mais leve de aplicar e com rendimento superior, o produto já é usado em obras de todo o país e vem chamando a atenção de engenheiros e construtoras.>
Construção civil - quanto ganham
A argamassa polimérica é uma mistura industrializada feita com polímeros e cargas minerais. Diferente da argamassa tradicional, ela não precisa de água nem de betoneira. >
Na prática, a aplicação é simples: dois cordões horizontais são colocados sobre os blocos, formando juntas bem finas. Apenas a primeira fiada costuma receber a argamassa comum para nivelar a base da parede.>
O material já tem regulamentação. Seu uso em alvenaria de vedação segue a ABNT NBR 16590. Além disso, deve atender à NBR 15575, que avalia o desempenho da parede completa. Para paredes estruturais, ainda é necessário observar a NBR 16868, já que faltam ensaios específicos. >
Pesquisas comprovam ganhos financeiros e de produtividade. Um estudo da PUCRS (2024) comparou duas obras no Rio Grande do Sul e mostrou que o custo caiu 17%, enquanto o prazo de execução diminuiu de 46 para 20 dias úteis. >
Outro levantamento, publicado em 2017 na revista Espacios, apontou que a economia pode chegar a até 30% em alguns cenários, com rendimento até 20 vezes maior que o da argamassa convencional.>
Além da economia, o material ajuda a diminuir impactos ambientais. Por não utilizar cimento e demandar pouca areia, a argamassa polimérica contribui para a redução da emissão de CO₂ e da extração de areia dos rios. Outro ponto positivo é o canteiro de obras mais limpo, com menos entulho e desperdício. >
Para garantir o desempenho, especialistas reforçam a importância do treinamento da mão de obra. Também é essencial que os blocos estejam dentro da tolerância de medidas para permitir juntas finas e evitar falhas de nivelamento. >