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Agência Correio
Publicado em 24 de setembro de 2025 às 08:00
O Brasil atualizou os parâmetros para o diagnóstico de hipertensão, o que modifica a forma como a pressão arterial é avaliada. A partir de agora, a pressão de 12 por 8, antes vista como normal, passa a ser classificada como pré-hipertensão. Esta mudança faz parte de uma nova diretriz médica. >
Idosos precisam medir pressão arterial
O objetivo da atualização é fortalecer a prevenção de doenças cardiovasculares, como infarto e AVC. As novas regras estabelecem uma meta mais rigorosa: a pressão deve ficar abaixo de 13 por 8 para todos os pacientes. Isso alinha o Brasil a protocolos internacionais e busca reduzir a incidência de complicações graves.>
Para quem possui valores considerados limítrofes, a nova regra exige uma postura mais atenta. A classificação de pré-hipertensão significa que a pessoa deve adotar medidas de prevenção, como mudanças no estilo de vida e, em alguns casos, tratamento médico. Esta abordagem busca evitar que o quadro evolua.>
A alteração mais significativa está nos valores. A pressão de 12 por 8, que era considerada um padrão de normalidade, agora é um sinal de alerta e se enquadra na faixa de pré-hipertensão. Esta mudança coloca a faixa entre 12 por 8 e 13,9 por 8,9 como um estágio de atenção. Isso aumenta a necessidade de monitoramento e de ações preventivas para milhões de brasileiros.>
A nova classificação busca fortalecer a prevenção, identificando precocemente quem pode desenvolver a doença. Assim, é possível adotar medidas como mudanças no estilo de vida e, em alguns casos, intervenções médicas, antes que a pressão alta cause danos irreversíveis ao organismo. Para quem tem valores limítrofes, a recomendação é redobrar a atenção e procurar orientação médica.>
Outro avanço da diretriz é a recomendação do escore PREVENT, uma ferramenta que permite calcular o risco de doenças cardiovasculares de cada paciente. >
O sistema analisa diversos fatores, como obesidade, diabetes, colesterol elevado e danos em órgãos já comprometidos. Com isso, os médicos podem personalizar o tratamento, ajustando as condutas de acordo com a vulnerabilidade de cada indivíduo.>
Essa personalização do tratamento é um passo importante para a medicina de precisão, onde o cuidado não é mais padronizado, mas sim ajustado às características de cada paciente. O escore PREVENT ajuda os profissionais a tomar decisões mais precisas, como a necessidade de intensificar ou não o uso de medicamentos, garantindo um tratamento mais eficaz e seguro.>
A diretriz dedica um capítulo especial ao Sistema Único de Saúde (SUS), já que a maioria dos hipertensos brasileiros é acompanhada pela rede pública. >
As recomendações foram adaptadas para a realidade do SUS, priorizando o uso de medicamentos disponíveis na rede e incentivando o uso de tecnologias como o monitoramento domiciliar. A ideia é otimizar o tratamento para um número maior de pessoas.>
Além disso, o documento aborda a saúde da mulher, com orientações sobre o uso de anticoncepcionais, acompanhamento durante a gestação e manejo de casos na menopausa. >
Essas recomendações reconhecem que os ciclos hormonais femininos influenciam a pressão arterial. O objetivo é garantir um cuidado mais completo e seguro para as mulheres, prevenindo complicações futuras relacionadas à hipertensão.>