Acesse sua conta
Ainda não é assinante?
Ao continuar, você concorda com a nossa Política de Privacidade
ou
Entre com o Google
Alterar senha
Preencha os campos abaixo, e clique em "Confirma alteração" para confirmar a mudança.
Recuperar senha
Preencha o campo abaixo com seu email.

Já tem uma conta? Entre
Alterar senha
Preencha os campos abaixo, e clique em "Confirma alteração" para confirmar a mudança.
Dados não encontrados!
Você ainda não é nosso assinante!
Mas é facil resolver isso, clique abaixo e veja como fazer parte da comunidade Correio *
ASSINE

Americano segue iPhone roubado, vai até a China, fica amigo do novo dono e os dois viram sucesso no mundo todo

Após o furto do celular em Nova York, fotos misteriosas levaram o jornalista a atravessar o mundo e ganhar um “irmão” do outro lado do planeta

  • Foto do(a) author(a) Agência Correio
  • Agência Correio

Publicado em 2 de dezembro de 2025 às 19:00

A amizade que começou de forma inusitada
A amizade que começou de forma inusitada Crédito: Freepik

Um simples furto em um bar dos Estados Unidos deu início a uma das histórias mais improváveis da internet: a de um jornalista que seguiu o rastro do próprio celular até a China e voltou de lá com uma amizade para a vida toda.

Entre selfies inesperadas, redes sociais e uma viagem de milhares de quilômetros, o caso de Matt Stopera mostrou como a tecnologia pode transformar um contratempo em um encontro inesquecível.

Zuckerberg anunciou o Ray-Ban Stories, óculos inteligentes criados em parceria com a famosa marca Ray-Ban em 2021 por Meta Ray-Ban/Divulgação

Do furto às selfies misteriosas

O desaparecimento do iPhone aconteceu de forma banal, durante uma saída com amigos em um bar de Nova York. Sem pistas do paradeiro do aparelho, o caso parecia encerrado, como tantos outros roubos do dia a dia das grandes cidades.

Cerca de um ano depois, a história ganhou um rumo inesperado. Fotos que Matt não havia tirado começaram a aparecer automaticamente na nuvem ligada ao antigo aparelho. Nas imagens, um homem desconhecido posava sorridente ao lado de uma laranjeira, em um cenário totalmente diferente do urbano americano.

Intrigado, Matt decidiu investigar. À época, ele escrevia para o site internacional BuzzFeed e publicou um post perguntando quem era o homem das selfies. O que parecia apenas curiosidade pessoal rapidamente se transformou em um fenômeno nas redes.

O “irmão laranja” e a internet chinesa

A pergunta cruzou fronteiras digitais e foi compartilhada no Weibo, a maior plataforma social da China. Em poucas horas, o mistério viralizou e se tornou um dos assuntos mais comentados entre os usuários chineses.

Logo, internautas identificaram o protagonista das fotos: Li Hongjun, dono de um restaurante no sul do país. Por causa da árvore que aparecia ao fundo das imagens, ele ganhou o apelido carinhoso de “Brother Orange”, o “irmão laranja”.

Os dois começaram a trocar mensagens com ajuda de tradutores automáticos. Entre curiosidade e bom humor, a conversa evoluiu para algo mais ousado: um convite para que Matt fosse pessoalmente conhecer o homem que havia, sem saber, se tornado parte da sua rotina digital.

Da nuvem à vida real: a viagem que virou amizade

No fim de março, Matt desembarcou em Meizhou, cidade onde Li vivia. Recebido no aeroporto com a presença de repórteres, fotógrafos e curiosos, ele virou uma pequena celebridade local, acompanhado de perto pela imprensa.

Com a ajuda de um intérprete, os dois reconstruíram a trajetória do aparelho roubado: após sair dos Estados Unidos, o celular passou por Hong Kong, foi revendida em Shenzhen e acabou comprado por um primo de Li, que o deu de presente. Assim, o iPhone completou uma longa viagem até encontrar o novo dono.

Durante cerca de dez dias, Matt ficou hospedado na casa de Li, conheceu a família, visitou escolas, fazendas de chá, montanhas e até cantou em karaokês locais. Juntos, ainda viajaram para Pequim e plantaram uma laranjeira para simbolizar o início da amizade.

Ao final da jornada, apesar da barreira do idioma, o vínculo era evidente. “Somos irmãos agora”, escreveu Matt, emocionado com a despedida. O encontro improvável mostrou que, mesmo em um mundo movido por tecnologia, são os laços humanos que transformam histórias comuns em experiências extraordinárias.

Para o jornalista, a lição ficou clara: nunca é possível prever até onde um pequeno acaso pode levar. O que começou como um furto terminou como uma celebração espontânea da amizade entre culturas separadas por oceanos.