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Moscas volantes: os pontinhos pretos que você vê indicam risco de ficar cego

Condição comum e geralmente inofensiva pode, em alguns casos, indicar alterações sérias nos olhos, e exige atenção

  • Foto do(a) author(a) Agência Correio
  • Agência Correio

Publicado em 27 de novembro de 2025 às 19:00

Pontinhos pretos na visão são sinal de alerta
Pontinhos pretos na visão são sinal de alerta Crédito: Freepik

Os famosos “pontinhos pretos” que parecem deslizar pelo campo de visão são mais comuns do que se imagina. Chamados de moscas volantes, eles costumam ser benignos, mas podem sinalizar que algo não vai bem com a saúde ocular.

Entenda o que são, por que aparecem, quando representam risco e qual especialista procurar.

Derrame ocular por Shutterstock

O que são moscas volantes?

As moscas volantes são pequenas partículas que se projetam como sombras no campo visual, surgindo em forma de pontos pretos, linhas onduladas ou estruturas que lembram teias de aranha. Elas costumam se mover junto com o olhar e ficam mais evidentes quando a pessoa observa superfícies claras, como o céu ou uma parede branca.

Apesar da impressão de que flutuam à frente dos olhos, essas manchas estão, na verdade, dentro do globo ocular. Elas se formam no vítreo, um gel transparente que preenche a parte interna do olho. Quando pequenas irregularidades aparecem no vítreo, projetam sombras na retina, criando essa sensação de “figuras flutuantes”.

Para muitas pessoas, as moscas volantes fazem parte do envelhecimento natural dos olhos. Porém, dependendo do volume ou da mudança repentina na quantidade dessas manchas, elas podem indicar problemas mais sérios e merecem investigação.

O que causa moscas volantes?

O vítreo, composto por água e fibras de colágeno, sofre alterações ao longo da vida. Com o passar dos anos, essa substância gelatinosa pode encolher, se liquefazer ou formar pequenos aglomerados. São esses fragmentos que geram as sombras percebidas como “moscas volantes”.

Além do envelhecimento, o quadro também pode surgir por inflamações oculares, miopia acentuada, lesões ou após certos procedimentos cirúrgicos nos olhos. Em alguns casos, o processo de deslocamento natural do vítreo pode tracionar a retina, aumentando o risco de complicações.

Embora a maioria das causas seja benigna, surgimentos repentinos, acompanhados de flashes de luz ou visão turva, podem ser sinais de alerta. Nesses cenários, a avaliação médica deve ser imediata.

Moscas violantes e a ansiedade

Quem nunca ouviu falar sobre o problema pode se assustar ao notar essas manchas pela primeira vez. A ansiedade tende a aumentar a percepção dos pontinhos, tornando-os ainda mais evidentes, e, em alguns casos, desencadeando sintomas como tremores oculares.

O medo do desconhecido também faz com que muitas pessoas interpretem o fenômeno como algo grave, o que amplia o desconforto. Apesar disso, para a maioria, o quadro é inofensivo e não interfere de forma significativa na visão.

Ainda assim, buscar acolhimento médico é fundamental. A consulta ajuda a esclarecer dúvidas, reduzir a ansiedade e garantir que não exista nenhuma alteração ocular mais séria por trás do incômodo.

Quais são os sintomas?

O sintoma mais característico é a presença de manchas que se movem no campo de visão, com tamanhos e formatos variados. Elas se destacam especialmente em ambientes claros e podem parecer persistentes ao acompanhar o movimento dos olhos.

Em alguns casos, há a presença de flashes luminosos, que aparecem como pequenos pontos de luz. Esse sinal pode indicar tração na retina e precisa de avaliação rápida. A visão também pode ficar levemente turva, dificultando a nitidez das imagens.

Mesmo quando não há dor ou irritação, qualquer mudança repentina no padrão habitual das moscas volantes merece atenção. Alterações rápidas podem ser mais significativas do que quadros que se desenvolvem ao longo de anos.

Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico é realizado por meio de um exame oftalmológico completo. O médico observa o interior do olho com instrumentos capazes de visualizar o vítreo e a retina, identificando possíveis anomalias.

Um dos aparelhos usados é o oftalmoscópio, que permite enxergar detalhes da estrutura interna do olho. Para casos que exigem investigação mais precisa, o especialista pode solicitar exames complementares, como ultrassom ocular ou tomografia de coerência óptica (OCT).

Essas ferramentas ajudam a confirmar se as moscas volantes são apenas resultado de alterações naturais do vítreo ou se estão associadas a algo mais complexo, como inflamação ou início de descolamento de retina.

Tem cura?

Moscas volantes não têm cura definitiva, mas tendem a se tornar menos perceptíveis com o tempo. O cérebro se adapta e passa a ignorá-las parcialmente, reduzindo o incômodo no dia a dia.

A única intervenção capaz de removê-las é a vitrectomia, cirurgia que substitui o vítreo por outra substância. Porém, o procedimento é reservado apenas para casos graves, quando a quantidade de manchas compromete a visão.

Quando as moscas volantes estão relacionadas a inflamações ou outras condições específicas, o tratamento é direcionado à causa principal. Por isso, o acompanhamento profissional é essencial para definir o caminho mais seguro.

Pontinhos pretos na visão: qual médico procurar?

O profissional indicado para investigar moscas volantes é o oftalmologista. Ele é o responsável por avaliar a retina, o vítreo e todas as estruturas oculares envolvidas no processo.

Mesmo que a condição seja, na maioria das vezes, inofensiva, ela também pode representar o primeiro sinal de problemas importantes, como inflamação intraocular ou descolamento de retina. Por isso, a consulta não deve ser adiada.

Ao notar pontinhos pretos surgindo de repente, acompanhados de flashes ou queda de visão, busque atendimento rapidamente. Uma avaliação precoce pode evitar complicações e preservar a saúde dos olhos.