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Ave pré-histórica extinta há mais de 100 anos está voltando; conheça

Programa de conservação multidecadual consegue reverter extinção do tacaé-do-sul, espécie sagrada que sumiu por 50 anos

  • Foto do(a) author(a) Agência Correio
  • Agência Correio

Publicado em 20 de agosto de 2025 às 09:49

Essas aves não voam, mas correm bastante
Essas aves não voam, mas correm bastante Crédito: Imagem: Domínio público

Considerada extinta por meio século, o tacaé-do-sul voltou a habitar as pastagens da Ilha Sul da Nova Zelândia graças a um dos projetos de conservação mais longevos do país. A ave, que chega a 63 cm e pesa até 2 kg, é reverenciada pelos maori como guardiã espiritual.

O último avistamento antes da redescoberta ocorrera em 1898, vítima da caça excessiva e predadores invasores. A virada veio em 1948, quando uma pequena população foi encontrada em área remota das montanhas de Murchison.

Os papagaios podem reproduzir falas humanas (Imagem: Creative Wright | Shutterstock) por Imagem: Creative Wright | Shutterstock

Estratégias que funcionaram

O programa de recuperação combinou várias abordagens: santuários protegidos, reprodução em cativeiro e translocação controlada. Recentemente, 18 indivíduos foram reintroduzidos em Whakatipu Waimāori, área ancestral da tribo Ngāi Tahu.

Deidre Vercoe, do Takahē Recovery, destaca: "A captura de furões e gatos selvagens reduziu o número de predadores". Esse controle foi essencial, já que essas espécies invasoras dizimavam ovos e filhotes da ave não voadora.

Lições para outras espécies

O caso do tacaé mostra que mesmo espécies dadas como extintas podem ter populações remanescentes. O sucesso neozelandês serve de modelo para projetos similares em outras ilhas oceânicas com ecossistemas frágeis.

Com planos de soltar mais nove casais ainda este ano, além de aves adolescentes, o projeto visa criar múltiplas populações estáveis. A meta é reduzir o risco de uma nova extinção por eventos isolados.

Conexão com o passado

Evidências fósseis indicam que os tacaés existem desde o Pleistoceno. Sua sobrevivência por milhões de anos - e quase desaparecimento - refletem o impacto humano nos ecossistemas insulares.

Para os maori, o retorno da ave vai além da ecologia. É o reencontro com um ser sagrado, cujas penas verde-azuladas eram tesouros culturais e sua presença, um elo com o mundo espiritual.