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Agência Correio
Publicado em 18 de junho de 2025 às 13:00
A leucena, uma árvore exótica de crescimento rápido, tem se tornado motivo de grande preocupação entre ambientalistas e defensores da Mata Atlântica. Esse alerta foi amplamente divulgado por meio de uma reportagem da jornalista Ananda Apple, que destacou os impactos dessa espécie invasora sobre os ecossistemas nativos.
Leucena
O conteúdo, divulgado também nas redes, despertando atenção para um problema que, muitas vezes, passa despercebido pela maioria da população. O recado é direto: se nada for feito, a leucena pode comprometer de forma irreversível o equilíbrio ambiental de florestas inteiras.
A leucena possui uma capacidade impressionante de reprodução. Suas sementes, produzidas em grandes quantidades, encontram facilidade para germinar em diversos tipos de solo, especialmente em áreas abertas ou já fragilizadas pela ação humana.
Em pouco tempo, ela forma verdadeiros bosques, tomando espaços antes ocupados pela vegetação nativa. Essa expansão desenfreada ameaça diretamente a biodiversidade, alterando paisagens e eliminando espécies fundamentais para o equilíbrio dos ecossistemas.
O avanço da leucena não é apenas uma questão estética ou visual, mas uma disputa real por recursos essenciais da floresta. Ao crescer, essa árvore compete de maneira agressiva por luz, água e nutrientes, sufocando literalmente as plantas nativas que não conseguem se desenvolver sob sua sombra densa.
Esse desequilíbrio gera um efeito cascata, comprometendo não apenas a flora, mas também a fauna que depende das espécies nativas para alimentação e abrigo. A longo prazo, isso pode resultar na degradação de todo o ecossistema.
Além dos impactos ecológicos, a presença descontrolada da leucena compromete a beleza natural das regiões que invade. Ananda Apple descreve, de forma contundente, que essa espécie “domina e destrói coisas belas, como nossa Mata Atlântica”, alertando que o problema vai além da questão científica e ambiental é também uma perda cultural e paisagística.
Ao substituir a diversidade natural por uma monocultura verde e sem vida, a leucena transforma ambientes ricos em um cenário homogêneo, visualmente empobrecido e biologicamente fragilizado.
O lema “Ou ela ou nós” resume de maneira clara e impactante a urgência do problema. Essa frase não é apenas um alerta, mas um chamado à ação para que todos sociedade, governos e organizações se mobilizem na defesa dos ecossistemas nativos.
Se medidas não forem tomadas rapidamente, a leucena continuará avançando, tornando-se praticamente impossível de ser controlada no futuro. O momento de agir é agora, antes que seja tarde demais.