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Bulbo úmido letal: evento catastrófico capaz de matar milhões de pessoas em 6h está perto de acontecer

Deserto no Brasil? O que a temperatura de "bulbo úmido" diz sobre o futuro do nosso clima e o risco de inabitabilidade em quatro regiões

  • Foto do(a) author(a) Agência Correio
  • Agência Correio

Publicado em 27 de novembro de 2025 às 15:00

Em 50 anos, calor extremo pode tornar regiões brasileiras inabitáveis
Em 50 anos, calor extremo pode tornar regiões brasileiras inabitáveis Crédito: Freepik

O calor extremo, considerado o fenômeno climático mais letal do planeta, acende um sinal de alerta no Brasil. Uma análise preocupante da Nasa, a agência espacial norte-americana, indica que áreas do Centro-Oeste, Nordeste, Norte e Sudeste do país podem se tornar inabitáveis em apenas 50 anos devido a esse fenômeno.

Para chegar a essa projeção, a agência utilizou dados de satélite e concentrou-se na análise das áreas mais vulneráveis do planeta, focando na medição da temperatura de "bulbo úmido".

Onda de calor por Fernanda Frazão/Agência Brasil

Essa medição de bulbo úmido combina a temperatura do ar com a umidade e, por isso, é considerada mais precisa para avaliar o conforto térmico e o impacto real no corpo humano. Os números são impressionantes: 35 °C de bulbo úmido equivalem a 45 °C com 50% de umidade, resultando em uma sensação térmica de 71 °C, mais escorchante do que no deserto.

Como o calor extremo afeta seu corpo (e por que é tão perigoso)

A chave para entender a ameaça é a temperatura de bulbo úmido. Essa medição afeta diretamente como seu organismo se resfria através do suor. Portanto, quanto maior a umidade do ar, mais lenta é a evaporação do suor, e mais difícil fica para seu corpo dissipar o calor.

Consequentemente, quando essa temperatura atinge valores muito altos, o corpo humano pode ter dificuldades em regular sua temperatura interna. Isso, por sua vez, pode levar ao surgimento de doenças graves relacionadas ao calor, como a insolação e o esgotamento térmico.

É um risco real de vida: mesmo uma pessoa saudável superaquecerá e poderá morrer se permanecer numa temperatura de bulbo úmido superior a 35 °C por mais de seis horas.

Entenda os 6 motivos para a possível inabitabilidade no Brasil

A projeção de inabitabilidade no Brasil não decorre apenas do calor, mas de uma combinação de fatores interligados que ameaçam a vida e a infraestrutura do país. Veja a seguir os principais motivos que, juntos, podem transformar o cenário nacional.

Aumento do nível do mar

Primeiramente, o derretimento de geleiras e calotas polares impulsiona a elevação do nível do mar. Em seguida, essa subida ameaça cidades costeiras importantes, como o Rio de Janeiro. A elevação do mar, de fato, pode causar danos significativos às infraestruturas e, consequentemente, forçar o deslocamento de populações inteiras.

Eventos climáticos extremos

Além disso, a frequência e a intensidade dos eventos climáticos extremos vão aumentar. Isso significa que ondas de calor, secas prolongadas, inundações e furacões se tornarão mais comuns. Esses eventos, portanto, podem devastar a agricultura, danificar infraestruturas e impactar gravemente a saúde humana.

Mudanças nos padrões de precipitação

Observamos também alterações no regime de chuvas. Enquanto regiões áridas podem se tornar ainda mais secas, outras enfrentarão chuvas torrenciais. Isso resulta em inundações e erosão do solo. O Nordeste brasileiro, por exemplo, já enfrenta desafios significativos relacionados à escassez de água.

Perda de biodiversidade

Ainda mais, as mudanças climáticas ameaçam a vida selvagem. Estima-se que a Amazônia possa perder até 60% de suas espécies até o fim do século. Desse modo, a perda de diversas espécies de plantas e animais desestabiliza ecossistemas inteiros.

Impactos na saúde humana

As consequências na saúde são diretas. O calor extremo, a poluição do ar e a disseminação de doenças, como malária e dengue, aumentam o risco de problemas de saúde respiratórios, cardiovasculares e infecciosos.

Impactos socioeconômicos

Por fim, o aquecimento global pode provocar migrações em massa, conflitos por recursos e perdas econômicas significativas. Países em desenvolvimento, como o Brasil, são particularmente vulneráveis a esse cenário.