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Mistério em Marte: descoberta da Nasa revela objeto que não deveria estar lá

Rover Perseverance encontra objeto com composição incomum em cratera, levantando hipóteses de origem fora de Marte

  • Foto do(a) author(a) Agência Correio
  • Agência Correio

Publicado em 25 de novembro de 2025 às 13:05

A descoberta chamou atenção não apenas pela aparência peculiar da rocha, mas principalmente pela sua composição
A descoberta chamou atenção não apenas pela aparência peculiar da rocha, mas principalmente pela sua composição Crédito: Reprodução/Youtube

Os cientistas da NASA estão intrigados após o rover Perseverance identificar uma rocha misteriosa na borda da cratera Jezero, um objeto que, segundo especialistas, não deveria estar ali.

A descoberta chamou atenção não apenas pela aparência peculiar da rocha, mas principalmente pela sua composição altamente metálica, rara no planeta vermelho.

Marte por Divulgação/Nasa

Uma rocha que não combina com Marte

A rocha, batizada de Phippsaksla, tem cerca de 80 centímetros de diâmetro e despertou curiosidade por parecer “esculpida”.

Após análises iniciais, a equipe percebeu que ela provavelmente não se formou em Marte. Usando o instrumento SuperCam, o Perseverance aqueceu parte da superfície do objeto com um laser e mediu sua composição.

Foi então que surgiu a primeira grande surpresa, a rocha apresenta um teor excepcionalmente alto de ferro e níquel, porcentagens que o robô nunca havia encontrado em nenhuma outra amostra na cratera Jezero.

Candice Bedford, geóloga da Purdue University e integrante da equipe do rover, explicou ao blog oficial da NASA: "Essa combinação de elementos geralmente está associada a meteoritos de ferro-níquel formados no núcleo de grandes asteroides, sugerindo que essa rocha se formou em outro lugar do sistema solar".

Por que o achado é tão incomum

Desde 2021, o Perseverance explora Jezero, uma região que pode ter abrigado água no passado e, por isso, é considerada um dos melhores locais em Marte para buscar vestígios de vida antiga.

O futuro da Terra: quando o planeta pode se tornar quente demais para a vida por Imagem gerada por IA

Mesmo assim, até agora o rover não havia encontrado nenhum meteorito metálico, algo surpreendente, considerando a idade da cratera e o grande número de impactos ao longo de milhões de anos.

O professor Gareth Collins, especialista em impactos do Imperial College London, disse ao Daily Mail: "Em algum momento, toda a superfície de Marte foi moldada por impactos". Segundo ele, meteoros atingem o planeta “o tempo todo”, muitos diariamente.

Mas há um detalhe importante, meteoritos ricos em ferro e níquel são minoria. Apenas cerca de um em cada 20 meteoritos que caem em Marte é desse tipo.

A maioria é rochosa. Esses raros meteoritos metálicos são extremamente resistentes e se originam no interior de grandes asteroides, formados quando minerais pesados afundam para o núcleo durante o aquecimento do corpo celeste.

O Dr. Gareth Dorrian, da Universidade de Birmingham, reforçou ao Daily Mail: "É bem provável que este asteroide em Marte tenha vindo do cinturão de asteroides".

Comparações com outras missões

Embora raro, este tipo de descoberta não é inédito em Marte. O rover Curiosity já encontrou meteoritos de ferro-níquel na cratera Gale, incluindo um gigante apelidado de “Líbano”. Os robôs Spirit e Opportunity também registraram achados semelhantes.

Para a equipe da NASA, a ausência de meteoritos metálicos em Jezero até agora era inesperada, como observou Bedford.

O que vem agora

Por ser tão fora do padrão, Phippsaksla passará por análises adicionais antes de ser oficialmente classificado como meteorito. Caso a confirmação venha, o Perseverance finalmente entrará para o grupo de rovers que identificaram esses visitantes metálicos raros.

E essa não é a primeira descoberta estranha do rover: recentemente, ele fotografou um objeto apelidado de “capacete”, coberto por pequenas esférulas, formações associadas a erupções vulcânicas ou a impactos antigos.