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Agência Correio
Publicado em 24 de novembro de 2025 às 07:41
A gordura no fígado, condição clinicamente chamada de esteatose hepática, tornou-se uma preocupação comum nos consultórios médicos. O problema ocorre quando o órgão acumula mais gordura do que é capaz de metabolizar, o que gera inflamação e pode atrapalhar o funcionamento geral do organismo se não for tratado. >
Para reverter esse quadro, a atividade física surge como uma das principais aliadas, mas muitas pessoas ainda têm dúvidas sobre qual modalidade escolher. A especialista Isabela diz ao portal Minha Vida que o segredo não está em eleger apenas um tipo de exercício, mas sim na estratégia de combinar diferentes estímulos para potencializar a saúde hepática.>
Exercícios na academia
Portanto, entender como o corpo reage ao movimento é o primeiro passo para quem busca qualidade de vida. A boa notícia é que não é preciso ser um atleta profissional para começar a ver mudanças significativas nos exames e na disposição diária.>
Muitas pessoas acreditam que apenas atividades de longa duração, como correr ou pedalar, são eficazes. No entanto, a abordagem mais eficiente envolve diversificação. Segundo Isabela, o ideal é unir o melhor dos dois mundos: exercícios aeróbicos e treinos de força. >
Sobre a parte cardio, a especialista detalha: "Os exercícios aeróbicos ajudam a queimar a gordura corporal total, inclusive aquela que se acumula no fígado. A prática regular melhora a sensibilidade à insulina e reduz a inflamação hepática, dois fatores diretamente relacionados ao excesso de gordura no órgão.">
Além disso, a musculação desempenha um papel crucial que vai além da estética. O ganho de massa magra transforma o corpo em uma máquina mais eficiente de gastar energia. >
"Os treinos de força estimulam o aumento da massa muscular, o que acelera o metabolismo e faz o corpo gastar mais energia mesmo em repouso. Isso potencializa a queima de gordura e contribui diretamente para a saúde do fígado", reforça Isabela.>
Quem está sedentário muitas vezes se assusta com a ideia de rotinas pesadas de treino. Contudo, a especialista tranquiliza: o começo deve respeitar os limites do corpo. Embora treinos intensos gerem respostas rápidas, a prioridade inicial é a regularidade. >
"Sim, a intensidade faz diferença! Mas quem está começando deve iniciar com atividades leves, como caminhadas diárias, e aumentar o ritmo aos poucos", destaca Isabela.>
Dessa forma, o simples fato de sair do sofá já conta pontos a favor da sua saúde. "Mesmo exercícios leves, quando feitos com regularidade, já ajudam a reduzir a gordura no fígado e a melhorar os exames. No fim, o mais importante não é a intensidade inicial, e sim a constância.">
Uma dúvida frequente é sobre a frequência semanal ideal. De acordo com a especialista, seguir as diretrizes de órgãos internacionais de saúde já é o bastante para garantir melhoras metabólicas.>
"As pesquisas mostram que praticar entre 150 e 300 minutos de atividade física por semana, o equivalente a 30 a 60 minutos por dia, cinco vezes na semana, já é suficiente para melhorar as enzimas do fígado e reduzir o acúmulo de gordura hepática", explica.>
Se o ritmo for mantido, a espera por boas notícias não costuma ser longa. Isabela garante que, em um curto período, o corpo já dá sinais de recuperação: "Com cerca de 8 a 12 semanas de prática regular, muitas pessoas já percebem melhoras significativas nos exames, além de mais disposição, energia e qualidade de sono.">
Por fim, a chave para o sucesso no tratamento da esteatose hepática é a paciência e a construção de novos hábitos. Como resume a especialista: "O segredo está na regularidade: não é sobre treinar demais, e sim sobre manter o hábito. Pequenas mudanças feitas todos os dias trazem grandes resultados a longo prazo, tanto para o fígado quanto para todo o corpo.">