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'Cidade fantasma' é descoberta no meio da Floresta Amazônica e revela segredos do passado

Refletir sobre a importância de preservar a herança arqueológica amazônica

  • Foto do(a) author(a) Agência Correio
  • Agência Correio

Publicado em 24 de setembro de 2025 às 14:00

Refletir sobre a importância de preservar a herança arqueológica amazônica
Refletir sobre a importância de preservar a herança arqueológica amazônica Crédito: Banco de imagens

Cidade fantasma Lamego, localizada em Rondônia e por muito tempo engolida pela floresta, foi redescoberta com apoio de tecnologia moderna e revelou um cenário de ocupação colonial planejada. As evidências mostram que a cidade não era apenas um povoado improvisado, mas sim um centro urbano construído para consolidar o domínio português no interior do Brasil.

Macaco entre as árvores na Floresta Amazônica por Brenda Viana / CORREIO

Essa revelação também trouxe à tona a Vila de Bragança, situada a poucos quilômetros de distância. Juntas, essas localidades confirmam que a Amazônia possuía uma rede de ocupações permanentes, cuja função era fortalecer a presença europeia em áreas consideradas estratégicas.

O planejamento urbano de Lamego

As ruas bem delineadas e as construções identificadas revelam que Lamego foi concebida com finalidades políticas e militares. Essa estrutura urbana reforça a ideia de que não se tratava de uma simples vila, mas de um espaço pensado para sustentar a autoridade portuguesa no coração da floresta.

Esse tipo de planejamento mostra que o território não era apenas explorado de forma extrativista, mas também integrado em uma lógica de domínio. O traçado urbano evidencia a intenção de consolidar poder e organizar a ocupação do espaço.

A função estratégica da Vila de Bragança

Bragança, localizada a cerca de oito quilômetros de Lamego, complementava as funções da cidade principal. A proximidade entre as duas localidades indica que havia articulação e cooperação, reforçando o controle regional e facilitando a troca de recursos.

Esse arranjo espacial evidencia que os portugueses não estavam apenas dispersos pela floresta. Ao contrário, construíam núcleos interligados que garantiam maior estabilidade à presença europeia no interior amazônico.

A sociedade estabelecida na região

Com cerca de 300 habitantes, Lamego abrigava colonizadores e pessoas escravizadas, refletindo as hierarquias da época. Essa composição social revelava uma convivência marcada pela desigualdade, que sustentava a dinâmica econômica e política do período colonial.

O modelo imposto naquela comunidade mostra que a ocupação portuguesa também se fazia presente em locais distantes das grandes cidades. Mesmo em territórios remotos, a lógica da exploração e da dominação moldava as relações de trabalho e poder.

A relevância histórica e cultural

A redescoberta de Lamego e Bragança altera a compreensão sobre a história amazônica. Esses sítios comprovam que a colonização envolveu planejamento urbano, presença estruturada e estratégias de dominação territorial.

Preservar essas localidades é fundamental para valorizar a memória cultural da região. Elas representam não apenas evidências científicas, mas também uma herança que conecta passado e presente, revelando a complexidade da experiência colonial no Brasil.