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Cuidado! Planta popular vendida em feiras pode destruir o fígado e levar ao transplante

Planta vendida em feiras como calmante e cicatrizante é proibida pela Anvisa, mas ainda circula no Brasil

  • Foto do(a) author(a) Fernanda Varela
  • Fernanda Varela

Publicado em 28 de setembro de 2025 às 19:16

Confrei
Confrei Crédito: Shutterstock

“Se é natural, não faz mal”. A crença popular, repetida por gerações, pode ser um dos maiores riscos à saúde. Um chá bastante consumido no Brasil, conhecido como confrei (Symphytum officinale), já levou pessoas jovens e saudáveis a desenvolver hepatite fulminante, cirrose e até a entrar na fila de transplante de fígado.

Girl in a warm light coat. Vacation in mountains. Lady with long hair. por Reprodução | Freepik

O perigo está nos alcaloides pirrolizidínicos, substâncias presentes na planta capazes de causar necrose das células hepáticas. Os efeitos são silenciosos e cumulativos, surgindo muitas vezes quando já é tarde para reverter o quadro. Além de confrei, o produto pode aparecer em rótulos com outros nomes: língua de vaca, consólida, cura tudo ou orelha de vaca.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu o uso interno do confrei em 1992. Nos Estados Unidos, o FDA também restringiu a ingestão oral. Mesmo assim, a planta segue sendo vendida em feiras e lojas como calmante, cicatrizante e até “cura para gastrite”.

De acordo com a médica Bruna Scalco, que divulgou o alerta em suas redes sociais, o grande risco está no efeito acumulativo. “Os danos do confrei não aparecem de imediato, eles vão se somando no fígado como um veneno gota a gota”, explica. Por isso, sintomas como náusea, coceira na pele, urina escura e olhos amarelados muitas vezes não são associados ao chá ingerido todos os dias.

Chás e sucos naturais ajudam na desintoxicação do fígado por Shutterstock

A especialista também lembra que outras ervas podem ser prejudiciais quando usadas sem acompanhamento, como chaparral, kava-kava, chapéu-de-couro e até a erva-de-Santa-Maria.

Por outro lado, a própria natureza oferece alternativas seguras. Plantas como o cardo-mariano (silimarina) possuem efeito protetor para o fígado, e o boldo-do-Chile auxilia na digestão e na eliminação de toxinas. Ainda assim, é fundamental respeitar os limites de preparo e consumo. Infusões não devem ultrapassar dez minutos de fervura, e o uso contínuo não pode passar de 30 dias sem pausa.

O alerta é claro: até plantas consideradas seguras podem se tornar tóxicas se usadas em excesso.

Sinais de alerta do fígado intoxicado

Reconheça os sintomas que podem indicar lesões hepáticas e procure atendimento médico imediato

Náuseas e vômitos frequentes

Cansaço extremo sem causa aparente

Coceira na pele sem alergia identificada

Urina escura

Fezes muito claras

Olhos e pele amarelados (icterícia)

Inchaço abdominal

Tags:

Fígado Medicina