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Agência Correio
Publicado em 30 de maio de 2025 às 08:30
Gatos laranja, verdadeiros ícones, têm uma história genética surpreendente. Cientistas acabam de descobrir que a cor vibrante deles vem de uma mutação única no cromossomo X, que surgiu há muito tempo e os tornou especiais. >
Essa descoberta não só explica a pelagem adorada, mas também oferece insights valiosos sobre como mutações genéticas raras podem surgir e persistir por séculos, conforme destacado pelo estudo.>
A raridade de gatas fêmeas completamente laranjas é um exemplo de como essa genética peculiar se manifesta, adicionando mais um mistério charmoso a esses felinos que tanto amamos.>
A pesquisa analisou o DNA de muitos gatos, laranjas e de outras cores. O foco era encontrar o que tornava os ruivos diferentes. Eles identificaram uma pequena alteração genética exclusiva no cromossomo X, perto de um gene importante, após muita análise.>
Essa alteração, uma pequena exclusão, fica próxima ao gene Arhgap36. Curiosamente, este gene regula vias hormonais e não está diretamente ligado à produção de pigmentos. Mesmo assim, a mutação interfere na cor dos felinos.>
A mutação identificada age de forma inesperada no organismo do gato. Ela faz com que a produção de melanina seja alterada, substituindo o pigmento escuro pelo laranja. É um mecanismo genético diferente do que se costuma ver para definir cores em animais, algo único.>
Os cientistas concluíram que essa mutação não é algo comum na natureza felina. Ela não foi encontrada em gatos selvagens ou outros animais, segundo Christopher Kaelin, cientista sênior em genética da Universidade de Stanford, na Califórnia. Tudo indica que ela surgiu apenas uma vez na história dos gatos domésticos, tornando-a singular.>
Gatos
A prova de que essa mutação é antiga está em registros históricos valiosos. Há representações de gatos malhados em arte chinesa que datam do século XII. Isso mostra como a cor laranja acompanha os gatos domésticos há séculos, persistindo através do tempo.>
O estudo do gato laranja abre caminhos para a genética, segundo os pesquisadores. "Queremos saber se esse mecanismo ocorre em outros genes", disse Greg Barsh, coautor do estudo, para o portal CNN. Entender mutações atípicas pode ajudar a ciência a desvendar outros segredos da vida animal.>