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Dor de cabeça: doença ou sintoma? Saiba quando procurar ajuda médica

Neurocirurgião detalha tipos de cefaleias e quais merecem um sinal de alerta

  • Foto do(a) author(a) Elis Freire
  • Elis Freire

Publicado em 15 de junho de 2025 às 13:00

Dor de cabeça
Dor de cabeça Crédito: Shutterstock

Popularmente conhecida como “dor de cabeça”, a cefaleia tem sido uma das queixas mais comuns nos consultórios médicos. Apesar de ser comum e muitas vezes ser considerada uma condição passageira, nem toda dor de cabeça é simples, principalmente se for frequente e impactar a qualidade de vida da pessoa.

O Doutor Kleber Duarte — neurocirurgião coordenador do Serviço de Neurocirurgia para Saúde Suplementar e Neurocirurgia em Dor do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP — explica quais os tipos de dores de cabeça e quando deve se preocupar e buscar e buscar ajuda:

Dois tipos de dor de cabeça

Segundo ele, há cefaleias que podem ser classificadas em cefaleia primária e secundária. “É considerada cefaleia primária, caso a dor de cabeça seja a própria doença em si”, explica Kleber. Como exemplo, o especialista traz a enxaqueca.

Já a cefaleia denominada como secundária, de acordo com o médico, ocorre quando a dor de cabeça é sintoma de outra condição, de alguma doença. Dentre doenças que tem a dor de cabeça como sintoma estão as infecções, hipertensão, distúrbios neurológicos e até tumores e aneurismas.

O neurocirurgião destaca que entre as dores de cabeça primárias — as mais comuns — estão a cefaleia tensional, ou enxaqueca e a cefaleia em salvas.

“A cefaleia tensional é uma dor de cabeça que se manifesta como uma pressão, podendo ser de um lado ou dos dois lados, podendo estar relacionada ao estresse, à má postura e à tensão muscular, à manifestação de alguma condição crônica”, detalha Kleber.

“A enxaqueca geralmente se manifesta como uma dor intensa, quase sempre latejante, mais comum em um dos lados da cabeça, provocando sintomas associados como náuseas, vômitos, sensibilidade à luz e ao som, percepções de dormência ou até de desequilíbrio”, acrescenta.

“A cefaleia em salvas é bem mais rara, extremamente dolorosa e acontece apenas em um lado, ao redor dos olhos, ocorrendo em períodos específicos e com frequência específica. Há outras cefaleias primárias, como a cefaleia cervicogênica, e as cefaléias associadas a dores na face, denominadas como SUNC ou SUNE”, ressalta ainda.

Causas das dores de cabeça

As causas são variadas e podem incluir desde fatores genéticos, mudanças e alterações hormonais, jejum prolongado, consumo excessivo, ou sensibilidade ao uso de cafeína, de bebidas alcoólicas, às alterações do sono como a insônia e até mesmo ao dormir excessivamente, à ansiedade e uso frequente de analgésicos.

Além disso, nos casos de dor de cabeça secundários, a dor de cabeça pode estar associada a condições como: aneurismas, tumores cerebrais, meningite ou aumento da pressão dentro do crânio.

Diagnóstico: doença ou sintoma?

O diagnóstico da cefaleia é feito com base no histórico clínico detalhado do paciente, no exame físico minucioso e nas investigações complementares, quando indicadas. “Cefaleias que persistem por mais de 15 dias no mês, que não respondem aos tratamentos convencionais ou iniciais, ou que surgem de forma abrupta e são de uma intensidade incapacitante merecem atenção e investigação”, alerta o neurocirurgião.

Nesses e em outros casos específicos, ele explica que são indicados exames por imagem, como tomografia ou ressonância magnética, para descartar causas secundárias. “Exames de laboratório, cardiológicos e até mesmo a coleta do líquido que circunda o cérebro, também podem ser necessários”, acrescenta.

Por fim, Kleber alerta para a importância de ficar atento a sinais como dor súbita e intensa, alteração do nível de consciência, rigidez na nuca, febre, crises convulsivas ou alterações visuais. “Nos portadores de cefaleia primária, a mudança nas características da dor e na forma dela se manifestar, também são sinais de alerta”, aponta o doutor.