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Efeito borboleta: físicos descobrem como decisões do presente podem alterar o passado

Experimentos sugerem que medições no presente podem influenciar partículas no passado

  • Foto do(a) author(a) Agência Correio
  • Agência Correio

Publicado em 27 de outubro de 2025 às 17:00

Teoria da retrocausalidade quântica desafia a ideia tradicional de causa e efeito
Teoria da retrocausalidade quântica desafia a ideia tradicional de causa e efeito Crédito: Freepik

A física quântica voltou a desafiar nossa noção de realidade. Pesquisadores sugerem que o tempo pode não ser uma linha reta e que decisões feitas agora podem influenciar partículas no passado.

O fenômeno, chamado retrocausalidade quântica, não implica viagem no tempo nem mudança de grandes eventos, mas mostra que o universo subatômico pode funcionar de forma bem diferente do que imaginamos.

Logo depois, vem a dúvida: se o presente pode alterar o passado no nível quântico, será que nossas certezas sobre o tempo precisam ser revistas?

Princesa Diana enterrou cápsula do tempo em 1991 por Reprodução/Hospital Infantil Great Ormond Street

O que é a retrocausalidade quântica

Na física clássica, o passado sempre determina o presente. Já na retrocausalidade quântica, medições feitas hoje parecem moldar o que ocorreu com partículas em instantes anteriores.

O conceito foi explorado pelo pesquisador Yakir Aharonov, da Universidade de Chapman, nos Estados Unidos. Para ele, o estado de uma partícula não pode ser descrito apenas pelo início, mas também pelo resultado final da medição.

Essa visão desafia a ideia de tempo linear e aproxima passado e futuro em uma mesma estrutura. É como se a realidade fosse moldada em dois sentidos, abrindo espaço para interpretações surpreendentes.

Os experimentos que colocaram o tempo em xeque

Na década de 1970, o físico John Wheeler propôs o Experimento da Escolha Atrasada. A observação feita após a passagem da partícula parecia alterar o que ela havia sido antes.

Anos depois, o Apagador Quântico de Escolha Retardada levou a teoria ainda mais longe. Nele, partículas conectadas mostraram que uma decisão tomada no futuro parecia mudar registros já feitos no passado.

Os resultados desafiaram o senso comum. Afinal, se a escolha do observador pode influenciar o comportamento anterior da partícula, até onde vai a relação entre causa e efeito?

O que o fenômeno pode e não pode explicar

Apesar de intrigante, a retrocausalidade não significa que viajar no tempo seja possível. O efeito acontece apenas no mundo subatômico, sem alterar grandes fenômenos ou a vida cotidiana.

Segundo especialistas, a teoria também não viola a relatividade de Einstein. O fenômeno não permite enviar informações instantaneamente, mas sugere que o tempo é menos rígido do que supomos.

Para os físicos, entender a retrocausalidade ajuda a repensar as bases da mecânica quântica. Se futuro e passado estão conectados, o universo pode ser ainda mais misterioso do que imaginamos.