Especialista confirma: é possível morrer de amor – entenda quando isso acontece

Perguntas sobre se é possível morrer de amor viralizam na internet, impulsionadas por histórias tocantes de casais ou términos dolorosos. Em entrevista para a revista Claudia, o cardiologista Júlio Prestes confirma: sim, essa condição existe.

Popularmente conhecida como síndrome do coração partido, a medicina a chama de síndrome de Takotsubo. É uma disfunção cardíaca temporária, porém perigosa, que surge após um estresse emocional extremo.

Nesses momentos intensos, o organismo libera adrenalina em excesso. Essa descarga pode afetar diretamente o funcionamento do coração, causando complicações graves e, em alguns casos, levando ao óbito.

A síndrome de Takotsubo é uma disfunção temporária, mas séria, do músculo cardíaco. Ela ocorre após estresse extremo, seja emocional ou físico. Perda de um familiar, separação, cirurgias complexas, acidentes ou crises de asma podem ser gatilhos, surpreendendo o corpo.

Conforme explica Júlio Prestes, a grande liberação de adrenalina afeta o coração diretamente. Isso pode provocar arritmias cardíacas. Em casos mais graves, a síndrome de Takotsubo pode levar à morte, ressaltando a importância de entender seus riscos.

Os sinais da síndrome do coração partido se assemelham aos de um infarto, e por isso demandam atenção imediata. Dor súbita no peito, falta de ar e palpitações são os sintomas mais comuns. Fique atento a esses alertas do seu corpo, pois eles indicam a necessidade de ação.

Além disso, a sudorese, náuseas e perda de consciência também podem acompanhar o quadro. É fundamental procurar ajuda médica ao identificar qualquer um desses sintomas. Afinal, a ciência confirma: "a dor de amor pode, sim, ter consequências fatais".

Ao notar os sintomas, procure um médico sem demora. Somente com exames laboratoriais e cardiológicos é possível fazer um diagnóstico preciso e iniciar o tratamento adequado para a síndrome de Takotsubo. Essa etapa é crucial para a recuperação.

O diagnóstico precoce permite um tratamento eficiente, evitando a progressão da síndrome para um quadro mais grave. Embora nem todas as mortes pós-eventos traumáticos estejam ligadas a Takotsubo, a pesquisa reforça que a dor emocional profunda exige cuidado.