Acesse sua conta
Ainda não é assinante?
Ao continuar, você concorda com a nossa Política de Privacidade
ou
Entre com o Google
Alterar senha
Preencha os campos abaixo, e clique em "Confirma alteração" para confirmar a mudança.
Recuperar senha
Preencha o campo abaixo com seu email.

Já tem uma conta? Entre
Alterar senha
Preencha os campos abaixo, e clique em "Confirma alteração" para confirmar a mudança.
Dados não encontrados!
Você ainda não é nosso assinante!
Mas é facil resolver isso, clique abaixo e veja como fazer parte da comunidade Correio *
ASSINE

Família fatura R$ 250 mil por mês com pamonha: 'Consegui minha liberdade'

Donos construíram até quadra de beach tennis ao lado da fábrica para divulgar negócio

  • Foto do(a) author(a) Giuliana Mancini
  • Giuliana Mancini

Publicado em 25 de maio de 2025 às 10:11

Pamonharia Cabocla Tereza/Divulgação
Pamonharia Cabocla Tereza/Divulgação Crédito: Pamonharia Cabocla Tereza/Divulgação

Uma família do Sul de Minas Gerais construiu um negócio milionário graças a uma receita tradicional da culinária brasileira: a pamonha. Tudo começou em 2007, quando Tereza Moreira Miguel, aposentada e mãe de cinco filhos, decidiu investir na culinária para ajudar no sustento da família. Hoje, o empreendimento fatura R$ 250 mil por mês e comercializa para diversos estados.

"Eu via minha mãe fazer na fazenda. Quando a situação apertou, comecei a vender de porta em porta", disse Tereza, em entrevista ao g1. Pouco depois, veio uma sugestão do genro, Ildeu Vieira. "Conversei com minha sogra: ‘Vamos abrir uma pamonharia?’. Ela achou que eu estava ficando louco".

Apesar da desconfiança inicial, ele conseguiu convencer a sogra e a esposa, Nádia Miguel, a investirem R$ 150 mil para transformar a pamonha em um negócio profissional. No início, a família chegou a cultivar todo o milho utilizado na produção, garantindo o fornecimento da matéria-prima. Mas, com o tempo, a produção aumentou e foi preciso utilizar o apoio de produtores parceiros.

Para aumentar a durabilidade do produto, Ildeu teve a ideia de esterilizar a palha que envolve as pamonhas. A técnica, aliada ao uso de máquinas de embalagem a vácuo e ao congelamento de 85% da produção, permite que o produto seja transportado para outras regiões. Atualmente, a Pamonharia Cabocla Tereza comercializa não só em Minas Gerais, mas também em São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba e Salvador.

Com o crescimento do negócio, os netos de dona Tereza também passaram a atuar na gestão e trouxeram uma ideia inovadora: construíram uma quadra de beach tennis ao lado da fábrica. A iniciativa aumentou em 30% o movimento no local. "As pessoas jogam, experimentam a pamonha e acabam divulgando para outras. É a melhor forma de propaganda", falou Everton.

Além das pamonhas, a fábrica oferece curau, bolo de milho e sucos, e já produz 1,5 mil pamonhas por dia, além de dezenas de porções e bebidas para os clientes que passam pela estrada. "Hoje temos 12 sabores de pamonha e continuamos inovando. A base é a mesma receita da minha mãe, mas o sonho foi crescendo", contou Nádia ao g1. "Agradeço à pamonha por tudo o que conquistei. Consegui minha liberdade, eduquei meus filhos. Venci!", comemorou dona Tereza.