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Fazenda de mangas transforma o sertão com 1.400 empregos; a maior do Brasil

Empresa no Vale do São Francisco exporta 30 mil toneladas por ano, gera 1.400 empregos e aposta em tecnologia e sustentabilidade para crescer

  • Foto do(a) author(a) Agência Correio
  • Agência Correio

Publicado em 12 de dezembro de 2025 às 13:00

Plantação de manga muda realidade da região
Plantação de manga muda realidade da região Crédito: Freepik

No coração do semiárido brasileiro, uma fazenda irrigada pelo Rio São Francisco mudou o destino de uma região inteira e colocou o país entre os maiores exportadores de manga do mundo.

Com produção anual de 30 mil toneladas, tecnologia de ponta na seleção das frutas e forte impacto social, a Agrodan prova que inovação e agronegócio podem caminhar juntos mesmo em áreas historicamente marcadas pela escassez.

Fruta pode ajudar na prevenção da diabetes por Reprodução

Do sertão à liderança global na produção de mangas

A história da Agrodan começa em 1987, quando a família Dantas decidiu investir na agricultura no Vale do São Francisco, entre Pernambuco e Bahia, mesmo sem formação técnica na área. Em um período de instabilidade econômica e hiperinflação, a aposta era arriscada, mas encontrou no clima da região e no acesso ao rio o cenário ideal para prosperar.

Inicialmente, a produção incluía manga, banana e uva, mas foi a manga que rapidamente se destacou pelo potencial de mercado, especialmente na Europa. Apenas quatro anos depois, em 1991, a empresa já realizava suas primeiras exportações, dando início a um processo contínuo de expansão e profissionalização.

Hoje, com mais de 1.300 hectares plantados e sete fazendas em operação, a Agrodan se consolidou como a maior produtora e exportadora de mangas do Brasil. A produção anual coloca o país em posição estratégica no comércio global da fruta e transforma o Vale do São Francisco em referência internacional.

Tecnologia no campo garante qualidade padrão exportação

Grande parte do sucesso da fazenda está ligada ao uso de tecnologia avançada desde o cultivo até a seleção final das mangas. A irrigação por gotejamento, adotada em todas as áreas produtivas, permite o uso racional da água, melhora a absorção de nutrientes e pode elevar a produtividade em até 20%, segundo dados da própria empresa.

Após a colheita, as frutas seguem para o packing house, considerado um dos mais modernos do país. O local opera com processos automatizados de lavagem, higienização e triagem, reduzindo perdas e aumentando a precisão na classificação dos frutos destinados à exportação.

O destaque fica por conta das máquinas equipadas com sensores e câmeras de alta resolução, que realizam até 40 imagens de cada manga. Com esse sistema, é possível identificar peso, cor e defeitos externos, garantindo o rigor exigido pelos mercados internacionais, principalmente o europeu, destino de quase toda a produção.

Impacto social, sustentabilidade e futuro do agronegócio

Além dos números expressivos no campo, a Agrodan também investe fortemente em ações sociais e ambientais. Desde 2017, a empresa mantém uma escola própria na zona rural, oferecendo ensino gratuito, transporte, alimentação e atividades como música, informática e robótica para centenas de crianças.

Os funcionários contam ainda com participação nos lucros, acesso a unidades básicas de saúde com telemedicina e programas de educação para jovens e adultos. A integração com a comunidade local se tornou um dos pilares do modelo de gestão, ajudando a fixar famílias na região e gerar desenvolvimento contínuo.

Na área ambiental, a fazenda opera com usina solar própria, projetos de reflorestamento e monitoramento do balanço de carbono. A meta é mostrar que a operação absorve mais carbono do que emite, alinhando crescimento econômico, preservação ambiental e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU.