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Fones com cancelamento de ruído podem prejudicar sua audição, dizem estudos

Pesquisadores britânicos revelam riscos do uso excessivo de fones com tecnologia ANC

  • Foto do(a) author(a) Agência Correio
  • Agência Correio

Publicado em 5 de agosto de 2025 às 11:11

O uso desses fones de ouvido especiais pode deixar o ouvido e o cérebro mal acostumados.
O uso desses fones de ouvido especiais pode deixar o ouvido e o cérebro mal acostumados. Crédito: Imagem: Bicanski/Pixnio

Os fones com cancelamento ativo de ruído (ANC) conquistaram milhões de usuários, mas pesquisas alarmantes do Reino Unido mostram que o silêncio artificial pode prejudicar a saúde auditiva. O Distúrbio do Processamento Auditivo Central (DPAC), que dificulta a interpretação de sons em ambientes barulhentos, está em ascensão - e os fones ANC podem ser parte do problema.

Fones com cancelamento de ruído por Shutterstock

"Nas aulas, tudo parecia um amontoado de sons sem sentido", revela Sophie em entrevista à BBC. Seu depoimento ilustra um drama crescente: o cérebro pode perder a capacidade de processar sons reais após longas imersões no "mundo silencioso" criado pela tecnologia ANC. O DPAC já compromete a vida social e profissional de muitos jovens adultos.

Como o cancelamento de ruído afeta nosso cérebro

Claire Benton, vice-presidente da Academia Britânica de Audiologia, explica que nosso sistema auditivo precisa de estímulos variados para se desenvolver plenamente. "Essas habilidades complexas de processamento sonoro só se consolidam no final da adolescência", alerta a especialista. O uso excessivo de ANC durante essa fase crucial pode atrofiar essas capacidades.

O portal Central da Saúde detalha que pacientes com DPAC têm audição normal, mas não conseguem interpretar sons simultâneos. Em cidades barulhentas - justamente onde os fones ANC são mais usados -, esse distúrbio está se tornando cada vez mais comum entre pessoas jovens, levantando alertas na comunidade médica.

O que dizem as últimas pesquisas

Wayne Wilson, professor da Universidade de Queensland, adota cautela: "O diabo mora nos detalhes". Ele destaca que fatores como tempo de uso, tipos de ruído bloqueado e idade do usuário precisam ser melhor estudados. A coincidência temporal entre a popularização dos fones ANC e o aumento de casos de DPAC pós-pandemia é intrigante, mas não conclusiva.

Enquanto a ciência busca respostas definitivas, os especialistas convergem em uma recomendação: moderação. Alternar períodos com e sem ANC, fazer pausas regulares e limitar o uso a situações realmente necessárias parece ser a estratégia mais segura para aproveitar a tecnologia sem colocar a saúde auditiva em risco.