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Fruta favorita de animal brasileiro pode ajudar a combater câncer grave, revela estudo da USP

Pesquisa da USP revela que fruta típica do Cerrado pode revolucionar tratamento de tumores na bexiga

  • Foto do(a) author(a) Agência Correio
  • Agência Correio

Publicado em 13 de agosto de 2025 às 08:30

Lobos-guará adoram essa frutinha
Lobos-guará adoram essa frutinha Crédito: Imagem: Jonathan Wilkins/Wikimedia Commons

Uma inovação 100% brasileira pode mudar o jogo no combate ao câncer de bexiga. Cientistas da USP descobriram que a lobeira (Solanum lycocarpum), fruta preferida do lobo-guará, esconde compostos poderosos contra tumores quando transformados em nanopartículas.

Publicado na International Journal of Pharmaceutics, o estudo mostra redução "significativa" de tumores em testes. Com 5 mil mortes em 2020 no Brasil, essa descoberta traz esperança para um dos cânceres mais comuns no país.

Kiwi é uma fruta poderosa para ajudar no sono e na recuperação muscular por Shutterstock

Como a fruta-do-lobo vira medicamento

O processo começa com a extração de solasonina e solamargina - compostos anticancerígenos naturais da lobeira. Essas substâncias são encapsuladas em nanopartículas 600 mil vezes menores que um fio de cabelo, criando um "míssel inteligente" contra tumores.

"Essa abordagem une compostos naturais e nanotecnologia", explica a professora Priscyla Daniely Marcato para o Jornal da USP. A fórmula inclui quitosana e manteiga de illipê, formando partículas estáveis que podem ser aplicadas diretamente na bexiga.

Testes com camundongos comprovaram a eficácia do método. Agora, os pesquisadores trabalham para adaptar a tecnologia para uso humano, mantendo a eficácia com segurança.

Vantagens do tratamento natural

Comparado a quimioterapias convencionais, o tratamento com lobeira apresenta benefícios importantes:

  • Menos efeitos colaterais por ação localizada 
  • Matéria-prima abundante no Cerrado brasileiro
  •  Potencial para reduzir custos de tratamento

A pesquisadora Ivana Carvalho destaca: "Representa uma alternativa promissora para o tratamento do câncer de bexiga". O próximo desafio é determinar a dosagem ideal para testes em humanos.

Próximos passos da pesquisa

Antes de chegar aos hospitais, o tratamento precisa passar por novas fases de estudo:

"É fundamental realizar mais estudos de segurança", reforça Priscyla. A equipe estima que, se tudo correr bem, a tecnologia poderá estar disponível em alguns anos.

Enquanto isso, a lobeira continua seu papel ecológico no Cerrado, alimentando lobos-guarás e agora, potencialmente, salvando vidas humanas através da ciência brasileira.